Invenção representará o estado na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia. Menino tem 14 anos e fez robô vigilante com materiais reciclados.
Considerado a revelação da Feira de Ciências de Palmas, um estudante da rede pública municipal vai representar o Tocantins na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo. Felipe Américo, de 14 anos, criou um robô vigilante para ajudar na segurança dos estudantes. A criação também está servindo para impedir colas nas provas.
O garoto tinha 12 anos quando começou a trabalhar no projeto. “Meu pai sempre trabalhou na mecânica de carros e isso me despertou interesse por peças. Quando ele me dava um carrinho de controle remoto não passava uma semana eu desmontava, e aquilo já virava outra coisa”, disse o menino.
Ele passou dois anos envolvido em manutenções, montagem e regulagens. “O Robô Vigilante tem como objetivo monitorar os alunos na entrada e saída da escola, dando uma maior sensação de segurança.”
Além disso, o robô está ajudando dentro das salas de aula. “Além de ser usado durante o horário do intervalo para dar um controle maior dos alunos, ajuda na sala de aula também. Por exemplo, durante a aplicação de provas, para evitar colas”, afirmou o garoto.
A ideia foi aprovada pelos alunos da escola. “Para quem cola não vai ser bom não, porque vai prejudicar. Mas para quem não cola continua a mesma coisa”, afirmou Gabriel Faustino.
A maioria das peças da invenção são recicladas. As rodas e a parte mecânica foram tiradas de um carrinho de controle remoto. O corpo é feito de alumínio.
A única coisa comprada foi a câmera giratória, que é a cabeça do robô, e filma até uma distância de 100 metros. As imagens vão direto para o computador.
“Não me preocupei só com a segurança. Me preocupei também com a natureza. Vi que o lixo eletrônico não tinha um destino certo. Aí eu pensei como resolver essas duas coisas ao mesmo tempo.”
Para os professores da Escola Municipal Darcy Ribeiro, o trabalho do garoto é um orgulho. “Ele tem uma determinação que eu fico honrada por ter orientado e acompanhado. Esperamos que possamos seguir com esse trabalho. Fico muito feliz”, disse a professora Claci Maria Benatti.
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