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Pesquisadores do Tocantins submetem propostas em edital emergencial

Em busca de soluções científicas ao enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus, o Governo do Tocantins, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt), articulou a participação de diversos pesquisadores com doutorado para compor propostas de consistência técnica e científica representando o Estado, a fim de favorecer evidências e subsídios ao enfrentamento da Covid-19 e à tomada de decisão da gestão em saúde. Foram submetidas três propostas que totalizam um valor estimado de R$ 1,5 milhão para o desenvolvimento de várias linhas temáticas.

“O objetivo dos trabalhos é contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do país, no enfrentamento da Covid-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves. E o Tocantins tem pesquisadores preparados para viabilizar estudos que tragam soluções científicas à problemática vivenciada não só no Tocantins, mas no mundo”, explicou o presidente da Fapt, Márcio Silveira.

Segundo um dos participantes, o professor doutor em Engenharia de Produção e Sistemas, Fábio Pegoraro, que atua na Universidade de Gurupi (Unirg), “a proposta do projeto é construir um Framework na gestão do atendimento visando ao tratamento de pacientes em unidades de Pronto Socorro do Tocantins, a fim de favorecer a redução da superlotação”, explica. O sistema viabilizará a concessão de estratégias para a melhoria do atendimento do paciente, ou seja, trata-se de uma proposta inovadora para os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) do Tocantins e do país.

“A nossa participação no edital contribuirá com o serviço público de saúde, tanto no diagnóstico como na Vigilância Epidemiológica da doença. Acredito que a detecção dos agentes no início dos sinais clínicos é fundamental para garantir o monitoramento, o controle e a dispersão da doença na população”, enfatizou o professor doutor José Carlos Ribeiro Júnior, que atua na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (EMVZ) da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Devido à urgência da situação, o projeto do pesquisador já está sendo implantado em uma das maiores cidades do Estado com expectativa de angariar recursos federais para aplicar em outras regiões.

Outra proposta tocantinense, que busca solução ao enfrentamento da pandemia, é o desenvolvimento de uma Plataforma de Análise de Dados de Vigilância em Saúde para Difusão e Compartilhamento de Informações sobre Prevenção e Controle da Disseminação da Covid-19 e outras Síndromes Respiratórias Agudas Graves. “O projeto incorporará metodologias de análise de dados utilizando técnicas e ferramentas de ciência de dados [aprendizado de máquina, banco de dados, estatística, mineração de dados] e também investigará o conhecimento, a atitude e a prática de profissionais de saúde acerca da Covid-19”, ressaltou o professor doutor em Ciência da Computação da UFT, Ary Henrique de Oliveira.

Os pesquisadores do Estado que participam da chamada têm vínculo com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o Instituto Federal do Tocantins (IFTO), a Universidade de Gurupi (Unirg), o Hospital de Doenças Tropicais de Araguaína (HDT), o Hospital Regional de Araguaína (HRA), a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES), a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas/TO (Semus) e Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos; além da parceria com instituições de ensino de outras regiões do país e até mesmo dos Estados Unidos.

Edital

O edital, relacionado à Covid-19, proporcionado pelo governo federal disponibilizou várias linhas temáticas como: Tratamento, Vacinas, Diagnósticos, Patogênese e História Natural da Doença, Carga de Doença, Atenção à Saúde, Prevenção e Controle. O resultado preliminar está previsto para ser divulgado no Diário Oficial da União em 29 de maio de 2020. Mais informações pelo https://fapt.to.gov.br/editais/editais-externos/.

A Chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e o Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (Decit/SCTIE), vai liberar um montante de R$ 50 milhões para o todo o país, mediante aprovação dos projetos dos Estados.

 

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