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Moradores da 2ª maior cidade do Tocantins sofrem com falta de ônibus

frame_onibus_arg_i4ZKSiwAraguaína, a segunda maior cidade do Tocantins, está sem transporte público há quase 25 dias. Os cerca de 9 mil passageiros que usam ônibus diariamente estão tendo que procurar outras alternativas. “Em 50 anos morando aqui, nunca vi um descaso do poder público desta natureza”, diz indignado o morador Marcos Menezes.

O problema da falta de ônibus começou no dia 21 do mês passado. Os 30 ônibus da Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Passageiros de Araguaína (Cooperlota), responsável pelo transporte coletivo da cidade, foram apreendidos. As parcelas destes veículos não teriam sido pagas ao banco credor.

Desde então, os usuários estão sem ônibus. Marcos, 52 anos. é um deles. Ele mora no setor Itaipu. Quando precisa de transporte, tem de acionar o serviço de mototáxi. O preço, é claro, sai mais caro.

“A cidade está praticamente parada. Esta é a uma situação inusitada, não vejo acontecer em canto nenhum. E os mototáxis não dão conta da demanda”, argumentou.

frame_Tarifa vai aumentar
Nesta segunda-feira (13), a Prefeitura de Araguaína informou que contratou uma empresa, em caráter emergencial, para ficar responsável pelo serviço na cidade. De acordo com o prefeito Ronaldo Dimas a empresa é paulista e os ônibus devem começar a circular no dia 19 deste mês.

A empresa vai disponibilizar 20 ônibus. O detalhe é que a tarifa vai aumentar. O valor da passagem passará de R$ 2,50 para R$ 3 no caso dos usuários que têm bilhete eletrônico e R$ 3,25 para pagamentos em dinheiro. Para os estudantes, o valor da tarifa é de R$ 1,62.

A notícia desagradou os usuários do transporte. “É preocupante porque a tarifa precisa ser razoável para ser usada constatemente. Desse jeito fica inviável. Se eu fizer quatro viagens por dia, vou ter que pagar R$ 12. Ele estão equiparando o valor de Araguaína com Palmas, mas a distância aqui é bem menor, não justifica”, argumentou Marcos.

Segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito, o processo licitatório para o transporte complementar deverá ser feito nos próximos seis meses, tempo previsto para o serviço emergencial, conforme dispõe a legislação vigente.

De acordo com o prefeito Ronaldo Dimas, o valor da tarifa em Araguaína era o mais baixo cobrado em cidades de médio porte do estado e estava há mais de cinco anos sem reajuste. Sobre a demora para a contratação de uma nova empresa, a assessoria de comunicação informou que a Prefeitura de Araguaína estava cumprindo os prazos legais.

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