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Ao apontar dados alarmantes, Especialistas destacam a importância de combater “brincadeiras” perigosas propagadas pela internet

Requerida pela deputada federal Josi Nunes(PMDB/TO), a Comissão de Educação da Câmara Federal realizou nesta terça,06, uma audiência pública que debateu sobre o Projeto de lei 7170/2017, de autoria da tocantinense, que altera a lei do marco civil da internet e o Decreto –Lei 2.848 do Código Penal para combater trotes e práticas como o Jogo da “Baleia Azul” dentre outros tipos de brincadeiras e desafios considerados perigosos propagados pela internet.

Em sua apresentação, a psicóloga Fabiana Vasconcelos destacou que de 2010 para 2017, o número de vídeos com este tipo de conteúdo aumentaram de 500 para 14.300. Jogos como o desafio do desmaio, por exemplo, chegam a ter seis milhões de visualizações do Youtube conforme apontou a especialista.

A psicóloga alerta que os desafios desta natureza atualmente aparecem com nomes diversos na rede mundial de computadores tais como; os desafios do desodorante, da canela em pó, da camisinha e do Superbonder , que consiste em colar boca e narinas simultaneamente para evitar a respiração.

Ainda segundo Fabiana, os jovens desconhecem as sequelas da prática e os riscos de morte súbita. “São práticas que podem levar a sequelas como aneurisma, cegueira temporária ou permanente, paraplegia e até morte cerebral. Uma pesquisa realizada em 2015, pela psicóloga Dra. Juliana Guilheri,  feita com 1.395 crianças francesas e brasileiras, de 9 a 17 anos, revela que 40% já brincaram de asfixia e 10% já chegaram a desmaiar. Então, são dados muito alarmantes e preocupantes”, completou.

Para a representante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Evelyn Eisenstein, este tipo de prática não pode continuar sendo visto como um tipo de brincadeira. “As crianças não sabem interpretar o que estão vendo nas mídias. Não conseguem separar fantasia de realidade. Existe uma sociedade patológica, doentia que está lucrando com a morte de crianças e adolescentes.   Muitos acham que os problemas surgem na adolescência, mas estes problemas começam na infância.  O efeitos que temos vistos como brincadeiras, não são brincadeirinhas. É preciso que toda a sociedade esteja alerta, inclusive, a mídia”, alertou.

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