A primeira fase de aplicação da tecnologia pela Polícia Científica está voltada a pacientes da Capital, mas o objetivo é estender para todo o Estado e, dessa forma, facilitar maior controle e prevenção de contágio do vírus.
Uma tecnologia para extração de informações sobre a localização geográfica constante em aparelhos celulares está sendo utilizada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-TO), em Palmas, para monitorar pacientes com resultado positivo para o novo Coronavírus (Covid-19) e, dessa forma, contribuir para reduzir o risco de disseminação do vírus.
O pioneiro trabalho da SSP-TO está sendo executado pelo Núcleo Especializado de Computação Forense da Superintendência de Polícia Científica e em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da Capital (Semus). Pacientes de Palmas positivados para Covid-19, que aceitaram participar dessa pesquisa, assinaram formalmente um documento para que os peritos criminais pudessem ter acesso apenas à localização geográfica.
A ferramenta tecnológica aplicada aos celulares dos pacientes positivados realiza o cruzamento dos dados do aparelho celular e, dessa forma, obtém-se a localização geográfica de onde eles estiveram até o momento em que foi constatada a positividade para a contaminação pela Covid-19. No manuseio da ferramenta, os peritos criminais conseguem rastrear apenas informações de localização geográfica do paciente, preservando-se informações de cunho pessoal.
Finalidade
A finalidade da ferramenta tecnológica utilizada pelos peritos criminais da SSP-TO é realizar o cruzamento de dados georreferenciados para mapeamento das áreas de eventual contaminação pelo novo Coronavírus (Covid-19) e de possíveis pontos de novas contaminações.
Conforme o secretário da Segurança Pública, Cristiano Barbosa Sampaio, a SSP-TO está disponibilizando o trabalho da Polícia Científica para auxiliar nesse enfrentamento da pandemia. Segundo ele, o uso dessa ferramenta proporciona uma melhor tomada de decisões e planejamento de ações do Governo do Tocantins para manter os baixos índices de contágio e, assim, minimizar os impactos da crise.
Para a superintendente de Polícia Científica, Dunya Wieczorek Spricigo de Lima, por se tratar de uma doença nova e sem tratamento específico cientificamente comprovado, as ações preventivas para o seu enfrentamento são essenciais. Ela ressalta que o que a SSP-TO está fazendo em nível institucional é proporcionar, por meio da Perícia Criminal, condições técnico-cientificas para ações preventivas em grande escala, otimizando o trabalho de contenção da covid-19 já implementado pelo Governo do Tocantins.