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Moradores sofrem com córregos e rios que transbordam durante chuva

Moradores de Gurupi, no sul do Tocantins, sofrem com rios e córregos que transbordam durante o período chuvoso. Em alguns bairros da cidade a situação se repete há anos, sem intervenção do poder público.

Córrego Pouso do Meio é um problema antigo. Toda vez que chove muito, transborda. As manilhas não são apropriadas para a quantidade de água que invade essa avenida. O ambulante Ailton Alves dos Santos trabalha vendendo cana no local. Ajuda a limpar o córrego catando o lixo, mas quando chove muito ele não tem como ganhar dinheiro não.

“Quando chove eu vou embora porque não tem condições de ficar aqui. Quando chove muito [o córrego] enche e passa por cima.

A comerciante Maria das Graças Carvalho tem um comércio bem ao lado do córrego há oito anos. Ela contou que só nesse ano o transbordamento aconteceu quatro vezes. Com o tempo, esse buracão foi aberto, oferece perigo para quem passa por aqui.

“Esse buraco também é provocado pela chuva, que está comendo o asfalto [sic]. É perigoso para as pessoas passarem porque chove muito. Todo ano falam que vão resolver, mas continua do mesmo jeito.”

Uma equipe da defesa civil municipal esteve no córrego. A atual gestão administra a cidade há mais de quatro anos e durante esse tempo todo não fez nada para resolver o problema do Córrego Pouso do Meio.

“Estamos fazendo um mapeamento para saber primeiro quais são os locais. Aqui foi identificado que é um local que esporadicamente existe alagamento quando chove”, diz o coordenador da Defesa Civil, Kleverson Portilho.

Os moradores vão ter que esperar mais tempo por uma obra que não tem nem data para começar. “A nossa meta é sempre fazer com o menor tempo possível, mas a prefeitura de Gurupi prevê que sejam feitas obras em várias partes do município para evitar esse problema de drenagem que a gente tem “, diz o coordenador.

Gurupi tem vários pontos críticos quando chove muito. No setor Nova Fronteira buracões foram abertos, canos estão a mostra. Há anos o problema se repete, principalmente por falta de drenagem. A cidade não tem bueiros suficientes.

A Defesa Civil Estadual na região sul é de responsabilidade do Corpo de Bombeiros. O coordenador Wellington Moura fica de olho nos registros das últimas chuvas e monitora locais como o córrego mutuca, que transbordou no ano passado.

“A Defesa Civil Municipal já foi instalada há quatro anos, porém nos procurou para esse período chuvoso crítico, no qual algumas localidades estão apresentando enchentes. Então a gente está tentando realizar ações de monitoramento para que a gente possa atar de forma de conjunta.”

Outro córrego, próximo ao setor Santa Rita também é monitorado pela Defesa Civil Estadual. Como recentemente não choveu, o nível da água está bem baixo, mas quando chove muita na região os moradores da região. A água invade casas e comércios.

É o que acontece com comerciante Tereza Lino da Silva. A água da chuva invade o bar dela. O resultado são infiltrações e prejuízos com a estrutura do imóvel. Ela disse em quase 30 anos espera uma visita da Defesa Civil do município e afirmou que quando chove, a situação fica crítica.

“A água invade tudo aqui, queima os meu frezzers. Fiz paredes para proteger o banheiro, mas a água vai no vaso. É difícil demais. Estou há 28 anos nesse setor e o problema não foi resolvido. É tempo demais”, reclama.

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