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Médico nega ter matado professora e pede orações pela vítima após depoimento

Álvaro Ferreira da Silva disse que não cometeu nenhum crime e pediu orações pela alma de Danielle Christina Lustosa. Ele voltou para o presídio após depor na delegacia de homicídios.

médico Álvaro Ferreira da Silva voltou a negar que tenha matado a ex-mulher dele, a professora Danielle Christina Lustosa, nesta quinta-feira (18). Ele pediu orações pela vítima após sair da Delegacia de Homicídios de Palmas, onde prestou depoimento durante toda a tarde. Danielle foi encontrada morta há exatamente um mês, no dia 18 de dezembro, na casa dela em Palmas.

Álvaro foi preso em 11 de janeiro, em um cinema de Anápolis (GO), ele era considerado foragido e é o principal suspeito do crime. O médico tinha sido preso por agredir a professora alguns dias antes do crime e foi solto dois dias antes da morte dela. Danielle foi estrangulada em casa.

Médico suspeito de matar ex-mulher volta para presídio após ser ouvido por delegado

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Uma ex-namorada de Álvaro Ferreira, Marla Cristina Barbosa Santos, também foi presa suspeita de ajudar na fuga dele. De acordo com a investigação, ela foi quem buscou o médico na prisão, ele dormiu na casa dela na noite do crime e os dois viajaram juntos durante a fuga.

Ela foi agredida na prisão e foi liberada após prestar depoimento. “Ela não tem porque ficar presa. Colocou tudo a disposição da justiça, sigilo telefônico, bancário, carro. É uma pessoa trabalhadora que está passando sérios problemas de saúde”, afirmou o advogado dela, Paulo Roberto.

O médico Álvaro Ferreira segue preso.

Ex-namorada de médico presta depoimento e é liberada (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

Ex-namorada de médico presta depoimento e é liberada (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

O caso

O corpo da professora foi encontrado no dia 18 de dezembro. O médico Álvaro Ferreira é o principal suspeito do crime porque havia sido preso dois dias antes, quando invadiu a casa e tentou esganar a ex-mulher. Mesmo assim, foi solto um dia depois, após audiência de custódia. O Ministério Público chegou a pedir a prisão preventiva dele, mas o pedido foi negado pelo juiz, que determinou a liberdade sem pagamento de fiança.

De acordo com o advogado de Danielle, Edson Monteiro de Oliveira Neto, o ex-marido já havia ameaçado matá-la outras vezes. O advogado informou que chamou a polícia após não conseguir contato com ela durante todo o dia.

O corpo de Danielle foi localizado de bruços na cama. O registro da ocorrência feito pela Polícia Civil aponta que foram encontrados hematomas no pescoço da professora e havia odor característico de urina no short que a vítima vestia. A perícia confirmou que ela foi estrangulada.

Professora Danielle foi encontrada morta (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Professora Danielle foi encontrada morta (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A fuga

O médico ficou quase um mês foragido após o crime. Ele foi preso no dia 11 de janeiro em Goiás e levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas no dia seguinte. Ele foi localizado após postar uma selfie em uma igreja nas redes sociais. Enquanto esteve foragido, ele deu entrevistas por telefone e mandou mensagens para a mãe da vítima.

A polícia identificou que ele fugiu primeiro para Salvador, pegou um barco para Morro de São Paulo, viajou para Campinas (SP) e acabou em Goiás.

O médico foi preso enquanto estava no cinema de um shopping em Anápolis. A prisão foi realizada por uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), comandada pelo delegado Pedro Ivo Costa Miranda em parceira com as Polícias Civis de Goiás e São Paulo.

Outro lado

A defesa de Álvaro Ferreira alega que os áudios divulgados pelo advogado da vítima não correspondem a toda verdade. Segundo a advogada Josefa Barbosa, existem áudios que mostram a mulher pedindo para o médico voltar para casa e garantindo que desistiria da medida protetiva.

“Já que ela tinha tanto medo e ele era agressivo porque ela constitui união estável com ele no cartório. Eles foram no cartório no dia 11 de dezembro e fizeram isso”, disse.

A advogada afirmou ainda que está colaborando com a Justiça para esclarecer os fatos e buscar a verdade, porque o cliente está sendo condenado sem ter provas. Disse ainda que enfrenta dificuldades para ter acesso às informações do caso.

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