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Mães de farda | O exemplo fará toda a diferença na vida da minha filha, diz policial militar que concilia vida profissional, familiar e acadêmica

Fiz dois mestrados e estou cursando doutorado com foco na PMTO

Ser policial militar é mais do que vestir a farda todos os dias e trabalhar no combate à criminalidade. É também buscar ferramentas e conhecimento para associar a teoria à prática e assim vislumbrar novos conceitos, comportamentos e atividades que irão auxiliar na vida de policiais militares no exercício de seu labor e nas atividades desenvolvidas pela corporação para manter a ordem e assegurar que os cidadãos tenham segurança pública de qualidade. Neste sentido que atua a tenente-coronel Welere Gomes Barbosa de 36 anos.

Welere iniciou sua vida profissional em 2003 ao ingressar via concurso público na Polícia Militar do Tocantins. Na época, a jovem de 19 anos, que morava em Goiânia (GO), se mudou para Palmas para iniciar o Curso de Formação de Oficiais (CFO). Sobre a motivação em ser policial militar, a tenente-coronel Welere destacou que “meu avô foi Praça na Polícia Militar de Goiás, seu exemplo de dedicação me motivou a buscar a mesma profissão dele. Minha família sempre me apoiou, estava no sangue. Tenho um imenso orgulho de vestir a farda da PMTO”.

Dentre as funções desenvolvidas na corporação ao longo de 17 anos de oficialato foram a de coordenadora do Programa Educacional de Resistência as Drogas (Proerd), comandante do 7º Batalhão em Guaraí, subdiretora da Diretoria de Saúde, secretária de Segurança e Mobilidade Urbana de Palmas. Atualmente, a tenente-coronel trabalha na Casa Militar.

Assim é Welere movida a desafios. Policial militar, mãe da Maria Sarah de seis anos e doutoranda em Educação Física pela Universidade de Brasília (UnB) desde 2017. Isso mesmo, além de exercer cargos de chefia, Welere ainda busca constantemente conhecimento, apesar de ter uma rotina de trabalho exaustiva. “Conciliar a carreira profissional e ser mãe é um desafio diário, com horários imprevisíveis, mas sempre demonstrando para a minha pequena o valor do policial militar para a sociedade e buscando compensá-la com atenção de qualidade em nossos momentos juntas. O apoio da minha família é primordial, para que eu consiga conciliar trabalho e estudo com o bem estar da minha filha”, assegurou a tenente-coronel.

A formação acadêmica da tenente-coronel Welere contempla títulos de  graduação, especializações, mestrados e já se inclui na lista o doutorado em andamento. Ela é bacharel em Segurança Pública (2006), graduada em Educação Física (2012), bacharel em Direito (2014), especialista em Docência do Ensino Superior (2008), especialista em Ciência Política (2011), especialista em Ciências Jurídicas (2014). A policial militar que adora estudar possui dois mestrados: um em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública (2013) e outro em Educação Física (2017). Em 2017, iniciou o doutorado em Educação Física na UnB.

A previsão é de que sua tese, que trata da qualidade de vida de policiais militares, seja defendida em 2021. Sobre a rotina de estudos, Welere observa que “nos primeiros anos de profissão ouvia dizer que policial não estudava, que por isso continuava na corporação. Vi que muitos militares buscavam crescimento intelectual e prometi que faria a minha parte para elevar o nome da instituição no campo acadêmico. Fiz dois mestrados e estou cursando doutorado com foco na PMTO. Minhas pesquisas têm por objetivo contribuir com a melhoria da qualidade de vida de todos os guerreiros que dedicam sua vida a instituição”.

Para alcançar mais esse mérito profissional, a tenente-coronel diz que para conciliar a vida acadêmica com as responsabilidades de ser mãe ela não abdica dos momentos que tem com a filha. “Meus estudos só ocorrem de madrugada, após colocar minha filha para dormir. Minha tese está sendo elaborada nas madrugadas para não privá-la da minha presença nos horários de folga do trabalho”, disse. Acreditando na importância da relação e convivência com a filha que a tenente-coronel Welere rejeitou um convite para fazer um doutorado fora do país.  “Rejeitei para não alterar a rotina dela e nossa convivência. E não me arrependo nem por um minuto, ela é a razão da minha vida”.

Bem, em relação à vida atarefada da mamãe dedicada que divide seu tempo com a carreira de policial militar e de doutoranda, a tenente-coronel revela o pensamento da filha: “Maria Sarah diz que eu estudo demais, pois sempre me vê no meio de livros e certo dia me disse que quando crescer irá apenas trabalhar. Quase morri de rir com esse relato [risos]”.

E continuou, “é assim, a mãe quer sempre que o filho seja apaixonado pelos livros. Mas sei que o meu exemplo fará a diferença na vida dela”.

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