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Governo do Tocantins atua em parceria com etnias indígenas para desenvolver projetos e políticas públicas

Dia do índio propõe reflexões sobre a preservação das tradições dos povos indígenas e o desenvolvimento de políticas públicas, Governo do Tocantins trabalha em parceria com etnias para a realização de projetos turísticos e culturais

A interlocução entre a Secretaria de Estado da Cultura e Turimo (Sectur) e as etnias indígenas tocantinenses é uma das ações que tem continuidade no âmbito de atuação do órgão com o intuito de estabelecer parcerias e a realização de políticas públicas. No mês de março, o secretário de Estado da Cultura e Turismo, Hercy Filho, esteve com representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (Arpit), entidade que representa as nove etnias do Estado, no intuito de desenvolver projetos culturais e turísticos em parceria com as etnias.

“Aguardamos o mapeamento de potencialidades entre as etnias que está sendo realizado pela entidade para discutirmos ações em parceria”, ressalta o gestor. O Governo do Tocantins também apoia a participação das etnias indígenas em feiras de artesanato nacionais e foi responsável pela elaboração de edital que proporcionou a realização de vários projetos com recursos da Lei Aldir Blanc.

A Sectur também marca presença na inauguração da Casa de Cultura da Aldeia Porteira Nrõzawi, na Terra Indígena Xerente, a cerca de 20 km de Tocantínia. Atividades comemorativas ao Dia do Índio acontecem de 18 a 19 de abril.

Povos indígenas 

No Tocantins, estima-se uma população de 16 mil indígenas, distribuídos entre as etnias Karajá, Xambioá, Javaé (que formam o povo Iny), Xerente, Apinajè, Krahô, Krahô-Kanela, Avá-Canoeiro (Cara Preta) e Pankararu. A preservação da língua e tradições culturais varia conforme cada povo e histórico de sobrevivência.

O secretário Hercy Filho ressalta ainda que o Dia do Índio, dia 19 de abril, não deve ser lembrado como uma data festiva isolada, mas como um momento de reflexão sobre a realidade dos nossos povos originários. “Precisamos nos manter atentos à formatação de políticas públicas que garantam a sobrevivência dos indígenas tocantinenses, não apenas cultural, mas também econômica e social”, reflete o gestor.

Presença 

Em nível nacional, a tarefa tem dimensões continentais. Segundo o último relatório do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), o País possui 502.783 indígenas na zona rural e 315 mil habitando zonas urbanas. Dos 5.570 municípios brasileiros, 827 registram localidades indígenas. Dessas, 632 são terras oficialmente delimitadas. No total, são 305 etnias reconhecidas, com 274 línguas distintas.

Porém, toda a riqueza cultural e o volume de conhecimentos tradicionais ofertados pelos povos originários do Brasil ainda precisam ser reconhecidos. “O preconceito sempre foi e continua sendo o principal desafio a ser ultrapassado, para que a sociedade brasileira respeite o imensurável legado dos povos indígenas à genética e à cultura brasileira, sem contar a imensa contribuição desses povos para a preservação do meio ambiente em nosso País”, defende o indigenista aposentado e escritor Fernando Schiavini.

Moradoras de Gurupi (TO), Araci nasceu em Atibaia (SP) e Tainá em Itaboraí (RJ). Uma grande amizade nasceu a partir de encontros na feira local, onde descobriram afinidades culinárias, em especial a paçoca, o beiju de mandioca e o bolo de milho. Amantes da natureza, passaram as últimas férias em Arapiraca (AL), pescando piabas e lambaris. Medo mesmo, só de jacaré e sucuri.

O parágrafo acima mostra como nossa cultura é influenciada por heranças indígenas que muitas vezes passam despercebidas. Em três frases há 14 referências, desde os nomes das cidades localizadas em estados distintos, passando pelas iguarias culinárias, animais e os nomes das personagens: em Tupi, Araci significa “a mão do dia” e Tainá é a designação para “estrela” em Tupi-Guarani.

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