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Brasil leva debate sobre agricultura sustentável a Lisboa

Sebrae e entidades nacionais buscam projetar o país como potência agroambiental

O Senado Federal e a Câmara dos Deputados, por meio de suas Comissões de Relações Exteriores (CRE) e de Defesa Nacional, realizaram, ontem (12), em Lisboa, Portugal, o encerramento do Seminário Internacional “Agronegócio Sustentável no Brasil”. O evento, contou com o apoio do Sebrae, teve como objetivo contribuir com a promoção do desenvolvimento sustentável e a transição rumo à chamada “economia verde”.

O Seminário abordou temas relevantes como o Agronegócio Sustentável no Brasil, Comércio Exterior e Segurança Alimentar, além do Financiamento do Desenvolvimento Sustentável. No primeiro dia do encontro (11), foi realizada a celebração pelos 25 anos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), coordenado pela Comissão de Relações Exteriores (CREDN) da Câmara dos Deputados.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, destacou que é necessário defender a compensação de países pobres e emergentes porque os países ricos o são devido ao desmatamento de suas terras e dos países pobres que foram explorados por eles. “O planeta é um só e o foco deve ser a redução da emissão de gases de efeito estufa. O agronegócio brasileiro tem muito a contribuir com o mundo quando falamos de boas práticas agrícolas porque sabemos compatibilizar alta produtividade com preservação ambiental”, afirmou Pacheco.

De acordo com a presidente da CRE, senadora Kátia Abreu, o evento busca fomentar as exportações e impulsionar o turismo, a gastronomia e a economia criativa do Brasil. Segundo a senadora, é importante valorizarmos as mudanças climáticas e o agro tem papel fundamental na preservação do meio ambiente. “O agronegócio entra não para dividir, mas para somar e encontrar soluções que promovam o desenvolvimento e a sustentabilidade”, adiantou.

Carlos Melles, presidente do Sebrae, levou a mensagem de que o Brasil pode e pretende colaborar com a promoção de pequenos negócios e a inclusão social de diversos atores ao redor do mundo. “Atualmente, as micro e pequenas empresas representam 99% de todos os empreendimentos brasileiros, reunindo mais de 44% da massa salarial e sendo responsáveis por 30% do PIB brasileiro. No agronegócio, os pequenos negócios também têm muito a contribuir com o país, principalmente no desenvolvimento da bioeconomia e com estratégias como as Indicações Geográficas, que agregam valor a produtos e modos de produção centenários”, comentou.

O presidente do Sebrae destacou também a relevância institucional do Sebrae no cenário social e empresarial brasileiro ao contribuir para a criação da lei das micro e pequenas empresas que viabiliza a inclusão e formalização de empreendimentos. “Somos o maior especialista em pequenos negócios no Brasil ao capacitar empreendedores, elaborar estudos e articular leis para a melhoria do ambiente de negócios. Hoje, temos mais de 12,5 milhões de brasileiros formalizados como microempreendedores individuais e isso tem um valor inestimável”, finalizou Melles.

O evento contou também com a presença de diversas autoridades, entre embaixadores, parlamentares, presidentes de entidades e de instituições financeiras, membros da Justiça e executivos da área privada. O encerramento teve, ainda, uma mostra de gastronomia da Amazônia, com toques de ingredientes exóticos e sabores da floresta, produzida pelo Senac, e uma mostra de artesanato da região.

Tocantins

Durante o Seminário foram expostos artesanatos à base de capim dourado e itens regionais e exibido vídeo com as riquezas e potencialidades do estado. O superintendente do Sebrae Tocantins, Moisés Gomes, afirmou que o encontro “discute estratégias para promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer o estímulo ao bionegócio, pois a intenção é projetar o Brasil como uma grande potência na economia, com produtos e serviços relacionados à nossa rica biodiversidade nacional, principalmente a região amazônica, com sabores, tradições e belezas naturais ”, concluiu.

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