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Alunos do Tocantins se preparam para defender projetos na V Conferência Nacional do Meio Ambiente

Quatorze alunos do Tocantins foram selecionados para participar da etapa nacional da V Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que será realizada na cidade de Sumaré, em São Paulo, no período de 15 a 19 de junho. Neste ano, os trabalhos foram apresentados tendo como tema “Vamos cuidar do Brasil Cuidando das Águas”.

Inicialmente, as escolas prepararam seus trabalhos e promoveram discussões sobre o tema nas comunidades. Os projetos selecionados foram apresentados na etapa estadual da conferência, realizada no dia 8 de junho, em Palmas, com a participação de representantes de 90 unidades escolares, representando a diversidade tocantinense e as 13 Diretorias Regionais de Educação.

Representarão o Tocantins, os estudantes: Letícia Faria Rocha, da Escola Estadual de Muricilândia; Rafael Amorim Gomes Pereira, do Colégio Estadual Guilherme Dourado; Nicoly Angélica Alves Costa, do Colégio Estadual Irio Oliveira Souza; Emily Leal Abreu, do Colégio Estadual Joaquina Maria da Silva, de Esperantina; Renan Cauê Barbosa Batista, da Escola Estadual Osvaldo Franco, Araguatins; David Lucas Milhomem Fernandes, da Escola Estadual Aldinar Gonçalves de Carvalho, Araguatins; Sthanlley Shindler da Silva, do Colégio Estadual Loênidas Gonçalves Duarte, Araguatins; Charles Henrique Ferreira Pereira, da Escola Batista Foreman, de Dianópolis; Luiz Felipe de Souza Alves, do Colégio Estadual Serra das Cordilheiras, em Colmeia; Ana Beatriz Moreira Santos, do Colégio Estadual Nazaré Nunes, de Aguiarnópolis; Dilva de Oliveira Fernandes Apinajé, da Escola Indígena Tekator, de Tocantinópolis; Luiz Vitor Lima Montoro, da Escola Estadual Professora José Carneiro de Brito, de Tocantinópolis; Sophia de Souza Rodrigues, do Centro de Ensino Médio Diaconízio da Silva, de Paraíso, e Izabel Peixoto Avelino, da Escola Estadual Entre Rios, em Palmas.

A maioria dos projetos apresentados pelos alunos do Tocantins abordaram o reaproveitamento da água utilizada nas escolas ou da água proveniente das chuvas. Outro grupo defendeu a necessidade de a população se preocupar em preservar as nascentes e os córregos como forma de assegurar água potável.

De olhos nos córregos da aldeia Apinajé

A estudante Dilva Apinajé tem 14 anos e estuda na Escola Indígena Tekator, localizada na aldeia Mariazinha, município de Tocantinópolis, ela defendeu o projeto “Educar para preservar” elaborado para que os alunos tenham consciência sobre a importância dos córregos que passam na aldeia. “É muito bom poder apresentar o resultado do nosso trabalho”, disse a estudante, que está feliz em apresentar o seu projeto para alunos de outros estados.

Josicléia de Oliveira, técnica da Diversidade da Diretoria Regional de Educação de Tocantinópolis, que irá acompanhar a estudante indígena, explicou que o projeto dos alunos Apinajé tem a finalidade de conscientizar os moradores da região sobre a importância do cuidado com as nascentes. “É uma comunidade que tem o costume de lavar roupas e tomar banhos nas águas dos córregos, sem nenhum cuidado com a preservação desses mananciais”, frisou Josicléia. Por meio do projeto, a escola realizará encontros para discutir a importância dos cuidados com os córregos.

Economia de água nas escolas

Do Colégio Estadual Joaquina Maria da Silva, de Esperantina, Emilly Leal Abreu, 14 anos, também apresentou o trabalho “Água na escola, uso consciente”.  Emilly falou sobre o município, sobre as chuvas e sobre as nascentes. “O nosso trabalho pretende transformar a nossa escola em sustentável, com a captação das águas da chuva, utilizando sistema instalado no telhado da escola e da quadra esportiva para serem destinadas a um reservatório e, depois, serem utilizadas na escola. Esse projeto traz economia para a unidade escolar e responsabilidade quanto ao uso da água”, contou a estudante.

Entre as ações apresentadas por Emily estão a troca das torneiras comuns por torneiras temporizadas, elaboração de palestras sobre o uso da água e apresentação de relatórios sobre a poluição dos rios. Ela se prepara para defender o seu projeto na conferência nacional.

Proteção das matas ciliares

O estudante Renan Cauê Barbosa Batista tem 14 anos e, em São Paulo, irá apresentar o projeto de recuperação da mata ciliar nas proximidades do córrego Brejinho, que nasce dentro da cidade de Araguatins, no Setor Irial, e atravessa parte da cidade, indo até o Rio Araguaia. “Preservando a água do córrego, ajudamos a melhorar a qualidade de vida na cidade”, enfatizou.

Conferências – espaços de diálogos

Rosalice Ferreira da Silva, da Gerência do Meio Ambiente da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes, falou da satisfação em realizar as conferências. “É gratificante trabalhar com esses jovens, lideranças mirins que transbordam esperança e possibilidades de um mundo melhor, pois são atores contribuindo para a formação e valores socioambientais. A conferência é um pretexto pedagógico de diálogo, de atividades educativas e culturais sobre o tema água, a partir dos projetos criados nas escolas”, contou. Rosalice destacou a colaboração dos técnicos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), realizadores das conferências por meio do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA).

Para a secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes do Tocantins, Adriana Aguiar, essa ação representa um momento importante para o Tocantins e para a vida dos estudantes. “São alunos que já são líderes em suas escolas e fazem a diferença com suas ideias e ações que contribuem para transformar a escola e a comunidade em agentes protetores do meio ambiente. O tema deste ano é muito importante, porque a água é imprescindível para a vida humana, e todos devem ter mais responsabilidade quanto ao consumo consciente”, ressaltou.

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