Dr. João reconhece alguns avanços feitos pelo Governo, mas alto número de pacientes na fila de espera exige soluções mais enérgicas
A fila de espera por cirurgia eletivas no Tocantins tem aproximadamente 5.500 pacientes, segundo dados do Governo do Estado, divulgados no site do Programa Opera Tocantins. Diante do grande número de indivíduos que aguardam cirurgia, o Estado precisa de estratégias mais ousadas para que a fila diminua, defende o ex-prefeito de Rio Sono, Dr. João, que é médico cirurgião.
“O Estado precisa entender que a Saúde deve ser vista como área estratégica e prioritária, e quaisquer economia de recursos deve ter como destino final a rede de Saúde. O número de pacientes que esperam por cirurgia é enorme. Um eventual acordo com os deputados estaduais para que as emendas parlamentares sejam direcionadas para as cirurgias não é nenhum exagero, inclusive é uma solução que atenua a triste situação, além de buscar parcerias públicas-privadas para o gerenciamento e execução das cirurgias” disse Dr. João.
Organização
Diversos casos de pacientes que aguardam anos na fila de espera vêm ganhando destaque na imprensa televisiva do Estado nas últimas semanas. Segundo a lista de espera do Programa Opera Tocantins há pacientes que aguardam por cirurgia há mais de 10 anos. Dentre eles, o técnico em Enfermagem de Pedro Afonso, Demerson Coutinho, que aguarda cirurgia renal há meses. Coutinho ocupa a 118ª posição na fila de espera e foi diagnosticado com uma doença conhecida como Estenose da Junção Uretero-Pélvica ou Estenose de JUP, que já causou a paralisação do rim direito.
Recursos
“A captação de recursos é fundamental, mas o planejamento, a gestão e reorganização das cirurgias eletivas também são fundamentais”, avalia o ex-prefeito, ao frisar que os casos não emergências não podem parar diante dos casos mais graves. “É preciso ter equilíbrio e pulso para gerenciar as duas situações. Parar não é solução”, frisa Dr. João.
Dr. João reconhece algumas ações do Estado, como a divulgação da Lista de Espera, determinada por Lei. “A lista é uma posição oficial do Estado perante os pacientes em espera. Agora, quem aguarda quer ver a fila andar a passos largos”, disse o médico cirurgião, que também pontuou a ação do Estado ao incluir as equipes dos instrumentadores cirúrgicos. “Poderia ter sido feito antes, demorou um pouco, mas foi feito”.
Atualmente, a rede Estadual de Saúde do Tocantins realiza uma série de cirurgias eletivas como cirurgia geral, ortopedia, ginecologia, urologia, vascular, oncologia, torácica, oftalmologia, cardiologia, neurologia, entre outras.