“Eu quero que meu leitor se sinta tocado, que se emocione e perceba que a vida é bem mais do que só existir no tic-tac das horas, cumprindo prazos de trabalho e rotina”. Esse foi o recado que a escritora e jornalista Andréia M. Rocha deixou para os futuros leitores do ebook ‘Tudo o que não digo: escrevo’, lançado na 13ª Roda Literária, no dia 21 de outubro, no Núcleo de Leitura e Artes (Nila), no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho.
A noite foi marcada por reflexões sobre a modernização da publicação de livros em plataformas digitais e como isso afeta os autores. Mediada pela jornalista Ana Luiza Dias, especialista em conteúdo para mídias digitais, a Roda contou com a recepção do músico Saulo Moscardini e trouxe como tema “Ebook e autopublicação: o mercado editorial com a chegada dos livros digitais”.
A autora
Na ocasião, Andreia M. Rocha falou sobre o processo de escrita da obra, que traz uma coletânea de textos sobre a vida, a escrita e o amor, assim como o desejo de deixar um legado para seu filho, Guilherme. Com brilho nos olhos, também explicou a felicidade de publicar o primeiro livro. “A sensação é maravilhosa! Poder compartilhar algo que era tão seu com pessoas tão incríveis me prestigiando foi mágico”, disse a escritora.
Apaixonada pelos livros digitais, ela também acredita na revolução do mercado editorial provocada pelos ebooks e a facilidade surgida com a autopublicação. Andréia destaca que começou consumir esse formato na maternidade, pois facilitava o manuseio. “Escolhi publicar no formato digital porque quero realmente incentivar as pessoas que, assim como eu, tenham seus textos nas gavetas. Quero que elas vejam esse caminho mais prático. O formato tem muitas vantagens, não só de leitura como também de mercado”, concluiu a escritora.
A estudante de jornalismo Isabella Santa Rosa estava presente no evento e falou sobre o projeto da Roda Literária. “Faço parte de alguns grupos de leitura on-line e vejo esse hábito como uma parte integrante de quem eu sou desde pequena. Por isso, acho muito importante que a gente tenha esses espaços de incentivo à leitura de autores regionais”, disse Isabella.
O técnico administrativo educacional da Fundação Cultural de Palmas, Ivamberto Lemos, reforçou a importância do espaço para a publicação de obras de palmenses. “A FCP é do palmense e para o palmense, nos enchemos de orgulho em abrir as portas para a divulgação e promoção de obras de pessoas daqui”, finalizou.