Focos de mormo foram identificados em propriedades no sul do Tocantins. Doença não tem tratamento e pode contaminar humanos.
O município de Gurupi está proibido de fazer festas agrocupecuárias, como cavalgas, tropeadas e vaquejadas, que promovam a aglomeração de equídeos. A decisão foi tomada pela Justiça após uma ação civil pública do Ministério Público Estadual e leva em consideração a ocorrência do mormo, uma doença infectocontagiosa que tem acometido cavalos, burros e outros animais, em fazendas no sul do Tocantins.
O MPE disse que propôs a ação depois de constatar a existência de foco da zooose em propriedades rurais situadas em Cariri do Tocantins e Formoso do Araguaia. O objetivo é evitar a proliferação da doença, que também pode contaminar humano se ser transmitida a animais, como cães, gatos e bode.
O mormo não tem vacina, nem tratamento, motivo pelo qual o animal infectado é sacrificado. A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei e transmitida pelo contato com o material infectante, tanto diretamente com secreções do doente, quanto indiretamente por meio de bebedouros, comedouros ou equipamentos contaminados.
O pedido do MPE foi deferido pelo juiz Nassib Cleto Mamud. A pena para quem descumprir a determinação é de multa diária de R$ 5 mil.
A prefeitura também fica impedida de permitir a realização de quaisquer eventos, principalmente cavalgadas e bolóes de vaquejada até que a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) certifique o local como zona livre de mormo.
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