Há mais de quatro anos, a jovem Valana Leão de 26 anos, esperava por uma cirurgia nos hospitais públicos do Tocantins para colocar uma prótese no quadril e tratar a artrite reumatoide juvenil. Após várias tentativas por uma vaga na lista de cirurgias nos hospitais públicos, a paciente procurou a Defensoria Pública do Estado para conseguir realizar o procedimento.
Diagnosticada da artrite, Valana não caminhava sem o auxílio de muletas devido à piora no quadro de saúde. “Desde pequena eu sofria com dores, já estava cansada de ficar dias nos hospitais públicos e retornar para casa. Depois fiquei esperando uma vaga para fazer uma cirurgia, graças a Deus consegui na justiça uma autorização para fazer o procedimento em um hospital particular”, desabafa a paciente.
Após a autorização da Defensoria, a jovem foi encaminhada ao Hospital Unimed de Palmas (HUP), no dia 10 deste mês, onde passou pelo processo cirúrgico chamado artroplastia total do quadril bilateral. Valana Leão, foi a primeira paciente a ser submetida ao procedimento no HUP, o único hospital da rede privada do Estado a realizar essa cirurgia, necessária quando o quadril sofre um processo degenerativo e torna-se doloroso para o paciente.
Segundo o ortopedista, Leandro Campos, essa é uma doença auto-imune, produzida pelo sistema imunológico e quando não tratada pode causar dores e dificuldades para andar. “A cirurgia é indicada para restaurar o movimento e aliviar a dor, melhorando a qualidade de vida do paciente. Essa é uma cirurgia que troca o conjunto articular por uma prótese. O caso dela é diferenciado, porque fizemos a cirurgia nos dois lados do quadril em um único tempo. O critério para operar os lados esquerdo e direito desta forma levou em consideração a idade da paciente e o fato dela apresentar situações cardíacas favoráveis para a realização da cirurgia dos dois lados ao mesmo tempo”.
Ainda segundo o ortopedista, esse tipo de procedimento é bastante seguro devido a medicina moderna, os avanços dos materiais e das técnicas cirúrgicas. “A recuperação leva uns 90 dias e logo ela poderá caminhar e fazer atividades físicas normais, sem dores e com movimento. No início ela precisará de muletas e logo estará caminhando sozinha tranquilamente”, finalizou o ortopedista.