Governo do Tocantins promove o Dia do Mel na Agrotins 25 anos

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Governo do Tocantins promove o Dia do Mel na Agrotins 25 anos

Expositores trazem degustação de uma variedade de méis nobres e apresentam instalações de colméias de abelhas sem ferrão no Bosque da Semarh

O governo do Tocantins promoveu nesta quinta-feira, 15, o ‘Dia do Mel na Agrotins 25 anos’ – Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins. No Bosque da Semarh – Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, expositores realizaram manhã de degustação de uma variedade de méis nobres e apresentaram instalações de colmeias de abelhas sem ferrão aos visitantes. A programação teve início com duas exposições no Bosque e a realização de cinco palestras no Auditório Semarh; no período da tarde foi promovido um concurso do mel, com a avaliação dos visitantes; e as atividades se estendem até amanhã (16) quando também no período da tarde serão realizadas duas oficinas.

O secretário Marcello Lelis destacou que “o Dia do Mel trouxe um tema rico para o Bosque da Semarh promovendo uma oportunidade valiosa aos visitantes de conhecer as abelhas sem ferrão, degustar uma variedade de mel e adquirir uma amostra do produto. Na ocasião, as palestras e oficinas mostram a importância das abelhas e uma infinidade de informações que aproximam a população dessa riqueza natural, que movimenta a bioeconomia e proporcionam uma série de benefícios ao meio ambiente e à população”.

O assessor de gabinete da Semarh, Felipe Pimpão, organizador do Dia do Mel no Bosque da Semarh, enfatizou que as abelhas nativas sem ferrão são trabalhadas pelas associações e federação no Tocantins, “essas abelhas não oferecem qualquer risco à iniciativa de exposição na Agrotins 25 anos. As abelhas têm um importante papel no meio ambiente, como a polinização das plantas, além do mel produzido que é um alimento rico para os seres humanos e uma variedade de subprodutos, utilizados na produção de remédios, entre outros. Tudo isso motivou a promoção dessa oportunidade para o nosso público visitante conhecer de perto essas abelhas com a presença de profissionais do ramo, especialistas e parceiros da Associação Meliponativa e da Fetoapi, que é Federação Tocantinense de Apicultores”.

Expositores

O expositor secretário da Associação Meliponativa, Anderson Zaidam, contou que “trabalha com meliponicultora, que é a criação racional de abelhas nativas sem ferrão. Temos algumas abelhas expostas aqui, dentre elas a tiúba, a uruçu amarela, a jataí, que são abelhas bem conhecidas do público tocantinense, que são abelhas nativas aqui do cerrado tocantinense. Nós trouxemos para o Bosque uma variedade de meles de abelhas nativas. Meles como este de chuba, ursula amarela, boca de renda, jataí, marmelada, tube bravo, borá, uma infinidade de meles, porque o Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de abelhas do mundo”.

Anderson Zaidam acrescentou que esses são meles nobres, são meles finos de alta complexidade, tanto gastronômica quanto terapêutica, além da palestra sobre a nossa estrela de hoje, que é o pólen das abelhas nativas, conhecido popularmente como samburá. E o samburá é o alimento mais completo que existe na natureza depois do leite materno. Então é um alimento completo, um complexo de proteínas, vitaminas, sais minerais, hormônios e colesterol bom, considerado um superalimento por conta dessa gama de diversidade e de concentração elevada desses nutrientes. “O Brasil tem cerca de 350 espécies de abelhas catalogadas, a maioria delas são abelhas sem ferrão. E a gente vem aqui para impactar as pessoas com essas abelhas, elas estão transitando aqui no Bosque da Semarh, as pessoas alérgicas, não precisa ter medo, elas não têm ferrão, são abelhas que não fazem mal, fazem mel”, concluiu.

O expositor vice-presidente da Federação Fetoapi e presidente da meliponicultora junto a Confederação Brasileira de Apicultura e da Associação de Apicultores e Meliponicultores, José Neuto Souto expressou a satisfação de trazer a exposição temática e dos produtos para o Bosque da Semarh. “A gente consegue ter um vislumbre dos resultados que isso nos trará na geração de mais visibilidade à causa das abelhas. Visto que essa causa é uma causa nobre, você cria a abelha, você preserva o meio ambiente, você contribui para ter uma saúde e bem-estar que é chamada melipoterapia”.

José Neuto enfatizou que, “pessoas de todas as idades podem e devem criar abelhas sem ferrão, que tem um mel com superior valor terapêutico. Nós estamos muito entusiasmados com esse olhar para a causa das abelhas nativas sem ferrão. Nós trouxemos uma variedade de mel, além de óleos e outros itens, como própolis. A abelha que hoje é muito conhecida em todo o território nacional, entre as abelhas nativas, é a jataí, que tem o mel usado para inibir o crescimento da catarata, mas é importante deixar claro que não acaba e proporciona bem-estar. Essa é uma abelha que se adaptou à várias regiões do país, uma espécie muito procurada por interessados na criação. Em segundo lugar, vem a uruçu cinzenta, em alguns estados ela é chamada de tiúba, uma abelha do mel muito procurado por pessoas mais experientes”.

Palestrantes

O biólogo, meliponicultor e tesoureiro da Meliponativa, Eduardo Pelaez Risuenho, ministrou a palestra ‘Biologia das Abelhas Nativas e sua Importância para a Conservação da Água’ e em seguida, o ativista ambiental certificado em meliponicultora pela Embrapa e pelo Senar, secretário da Meliponativa, Anderson Zaidam, apresentou a palestra com o título ‘O Pólen das Abelhas Nativas: O Samburá como Superalimento’.

Na sequência, pela Fetoapi, o zootecnista, mestre e doutor em aquicultura, professor do Centro Universitário Católica do Tocantins, Peter Gaberz Kirschnik, ministrou a palestra ‘Primeiros passos para criar abelhas sem ferrão; em seguida, o professor doutor da disciplina “Polinização Agrícola” do curso de graduação em agronomia da Universidade Federal do Tocantins, Paulo Henrique Tschoeke, ministrou a palestra ‘Polinizadores e agricultura: mudar é preciso’; e encerrando a agenda, a médica veterinária graduada pela Universidade Federal Fluminense, responsável técnica da área de Apicultura e Meliponicultura da Secretaria da Agricultura, Erika Jardim, ministrou a palestra ‘Panorama da Apicultura no Tocantins’.

Participantes

Mais de 40 participantes entre especialistas, produtores rurais e acadêmicos se reuniram no Auditório Semarh para acompanhar as apresentações das palestras. Os acadêmicos de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Tocantins em Porto Nacional, Beatriz e Yuri Pereira, também aproveitaram a oportunidade de colecionar novos conhecimentos. No período da tarde, a Meliponativa realizou o 1º Concurso de Mel da Meliponativa, no Bosque da Semarh. O concurso reuniu aproximadamente 20 amostras de méis de abelhas nativas sem ferrão, provenientes de diversas regiões do estado, que foram avaliadas por visitantes e convidados, com base na roda sensorial de aromas e sabores dos méis nativos.

Amanhã (16), a Fetoapi vai promover no período da tarde a ‘Oficina de manejo de Abelha Jataí’, com a demonstração da técnica de transferência de abelha jataí do tronco para caixa racional; e em seguida, a ‘Oficina de manejo de colmeias de abelha sem ferrão’, com a confecção de potes de cera mista, para estocagem de alimentos para as abelhas sem ferrão, encerrando a programação do mel no Bosque da Semarh, durante a Agrotins 25 anos.

Agrotins 25 anos

A Agrotins 25 anos acontece de 13 a 17 de maio, no Parque Agrotecnológico Engenheiro Agrônomo Mauro Mendanha, em Palmas. Com 25 anos de avanços e oportunidades, a Agrotins celebra uma trajetória de crescimento e inovação, consolidando-se como um dos principais eventos do agronegócio no Brasil.

A feira é uma realização do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt) e da Tocantins Parcerias, em conjunto com empresas do agro, órgãos públicos e instituições de pesquisas e educacionais.

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