Confusão na final da Copa do Craque repercute nas redes sociais

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Confusão na final da Copa do Craque repercute nas redes sociais

A final da tradicional Copa do Craque, realizada em Gurupi ontem (26/01), terminou em confusão.

Segundo relatos, após acabar em 1 x 1 e ir para os pênaltis, torcedores tumultuaram a área do campo onde o jogo estava acontecendo, sendo necessária a ação da polícia para dar continuidade ao evento. Os vereadores Eduardo Fortes e André Caixeta acabaram por se envolver na situação.

De acordo com áudio divulgado em grupos de whatsapp, o coronel Jaime Porfírio do 4º Batalhão da Polícia Militar, disse que ficou bastante chateado com a ação de um vereador gurupiense que deveria ter mantido um papel mais ‘cortez’ a fim de acalmar os ânimos no ocorrido. “Quem é o mando de campo é o juiz, se ele pediu o apoio da Polícia Militar para retirada da população de dentro, nós entramos e tentamos conscientizar os cidadãos”, afirmou.

Ainda no áudio, o coronel também falou que houve situações de gente colocando a “mão na cara” de um dos policiais, chamando-os de despreparados e desacatando-os. Mas que os policiais mantiveram sua postura, pois, afinal só estavam ali para acatar um pedido do juiz para que o jogo pudesse ter continuidade e o tumulto findado.

A reportagem do Portal d Amaral entrou em contato com o coronel para ouvi-lo sobre o ocorrido e ainda sobre o áudio mas ele preferiu não comentar sobre o assunto. Ao entrar em contato com o vereador Eduardo Fortes. Ele nos informou que na hora dos pênaltis como já tradição da Copa, as pessoas foram para dentro do campo e então o pessoal da organização solicitou a retirada do público pedindo auxílio à polícia. “Todo mundo estava saindo tranquilamente e um dos policiais pegou um spray de gás lacrimogênio e jogou no chão e o vento acabou por propagar o gás. Várias pessoas começaram a passar mal, como crianças e até eu mesmo. E nisso fui em direção ao policial dizer que repudiava a situação. Logo  em seguida outros vereadores e população também se mostraram indignados”, contou Fortes.

Ouvimos também o outro vereador envolvido, André Caixeta que explica sua versão dos fatos. Segundo o vereador, após o pedido da polícia, imediatamente ele se retirou do local e no deslocamento um dos policiais jogou spray no chão, que se propagou por conta do vento até onde ele estava e outras autoridades. “Nesse momento, adentramos ao campo e fomos até a polícia dizer que nós repudiávamos aquilo e não tinha necessidade. Em momento algum houve desacato, respeito a Polícia Militar”. disse ele.

Ao ser questionado sobre ter incitado a população a desrespeitar a polícia, André disse que tem educação para tratar qualquer pessoa e não houve “dedo na cara” de ninguém. “Eu tenho mania de falar gesticulando. Em momento algum incentivamos isso”, afirmou.

De acordo um torcedor que preferio não ser identificado, tudo que aconteceu foi muito desnecessário, “Se o pessoal que entraram para o campo tivesse permanecido do lado de fora como é correto, tudo isso tinha evitado, a polícia apenas queria manter a ordem, e só foram depois de chamados, e outra, eu estava perto e vi quando o policial jogou o sprey para o chão, como que se estivesse testando”, comentou.

O jogo finalizou com um empate de 1 x 1 e depois de ir aos pênaltis, a melhor ficou para o MaxZen que venceu por 4 a 3 e conquistou o título da maior competição esportiva do futebol amador do Tocantins.

A ASPRA – TO, Associação das Praças e Servidores Militares do Estado do Tocantins divulgou uma nota de repúdio ao acontecimento e você pode conferi-la abaixo:

 NOTA DE REPÚDIO

A ASPRA-TO Associação das Praças e Servidores Militares do Estado do Tocantins vem a público repudiar a ação de alguns Pré-Candidatos de Gurupi neste domingo (26/01), na Copa do Craque, onde partiram pra cima dos Policiais Militares que estavam realizando a segurança daquele evento, inclusive incitando populares contra a força policial.

Os Operadores de Segurança Pública no exercício de suas funções constitucionais, receberam a solicitação da Organização do Evento e do Árbitro da partida de futebol, para restabelecerem a ordem dentro de campo que no momento tinha sido invadido pelos torcedores e impossibilitavam a disputa de pênaltis que ocorreria naquele momento. Os Policiais diligentemente retiraram as pessoas do campo sem causar lesão em nenhum dos presentes, nem sequer fazer uso da força física pra isso.

O inesperado ocorreu quando alguns pré-candidatos, inclusive com mandato, incitaram o público presente a invadir novamente o campo pra tirar satisfação com a PM, os próprios pré-candidatos invadiram o campo de futebol apontando o dedo na cara dos Policiais Militares, cometendo o absurdo de cobrar satisfações dos nobres trabalhadores, profissionais capacitados para tal. Os Policiais, como de costume, mantiveram o controle emocional e não revidaram as provocações.

Diante do tumulto provocado pelos incitadores o evento prosseguiu em condições precárias, as pessoas ordeiras ficaram impossibilitadas de continuar assistindo ao evento, em razão de não ser possível visualizar as cobranças de pênaltis do local reservado aos torcedores. A segurança dos atletas também esteve comprometida por causa da proximidade da torcida adversária. Uma vitória da balburdia e daqueles que trabalham contra o bem da sociedade.

Ressalta-se que os Policiais tocantinenses gozam de prestígio nacional, como uma das tropas mais ordeiras e disciplinadas, e que neste lamentável episódio a eles cabia a segurança, como técnicos formados para tal e representantes do estado, e nenhuma ingerência por parte de terceiros pode ser admitida. Em qualquer hipótese de descontentamento ou “achismos”, existem os meios competentes para reclamação e apuração.

Ainda, o spray de gás lacrimogênio é inofensivo a saúde humana, tem sua indicação para aquela situação e dos níveis de emprego de força possíveis aos policiais foi utilizado o de menor proporção. O uso foi feito pelos militares especializados, corretamente instruídos, o fizeram em direção ao solo, da forma que rezam os manuais pertinentes.

Todavia se os pré-candidatos que faziam campanha política naquele local, não concordam com a atuação policial que buscassem os órgãos competentes para fazer de forma técnica suas reclamações, e de forma alguma têm o direito de tumultuar o evento esportivo, desrespeitar os Policiais Militares ou exigirem satisfação dos mesmos de forma incitadora, onde com toda a certeza transformaram uma situação simples em um cenário de caos que não fosse o preparo dos agentes de segurança poderia haver danos de maiores proporções.

A ASPRA-TO enaltece a atuação dos Policiais na ocorrência e estuda as medidas a serem adotadas para que situações assim não voltem a acontecer em nossa cidade.

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