Coapa registrou área recorde de soja na Safra 2017/2018
Depois de um último ano agrícola (2016/2017) considerado ruim, sobretudo pela estiagem que comprometeu o desenvolvimento das lavouras de soja, produtores associados à Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), fecharam a Safra 2017/2018 com resultados positivos.
Dados da cooperativa, que tem sede em Pedro Afonso e atua em outros 11 municípios da região Centro-Norte do Tocantins, mostram que os números são satisfatórios em todas as áreas. A produtividade média foi de 55,5 sacas de 60 quilos por hectares, superior a safra passada onde foram colhidas 44,7 sacas, um volume de 11 sacas a mais por hectare.
A boa colheita também refletiu no armazém da Coapa, que recepcionou o maior volume de soja da história da cooperativa em 22 safras. Foram 93.155 toneladas, representando um crescimento de 21,78% em relação à safra anterior. Os grãos foram entregues por 103 cooperados.
Com 45.600 hectares, a área plantada foi outro aspecto que evoluiu. Ocorreu um crescimento de 17% em relação ao último ano agrícola.
“A meta para a Safra 2018/2019 é chegar a uma área de 50 mil hectares. Com a liquidez e a margem de lucro boas, o produtor quer plantar toda a área. Se tem 400 hectares e plantou 300 na safra atual, vai plantar toda ela na próxima”, projetou o gerente comercial da Coapa, Nelzivan Carvalho Neves, ressaltando que a safra também teve bons resultados do ponto de vista comercial, devido ao clima e preços favoráveis.
“Começou com o preço de R$ 65,00 a saca de 60 quilos de soja, e com a crise na Argentina, onde houve uma quebra de safra devido à estiagem, chegou a R$ 72,00. Daí veio a crise política entre os Estados Unidos e a China que elevou o preço para R$ 77,00. Ao final desta safra, a média de fixação ficou em R$ 69,70, bem acima da última safra que foi R$ 67,50”, afirmou o gerente comercial. Ainda segundo ele, até o dia 15 de maio, cerca de 75% dos produtores já haviam comercializado toda sua produção e o armazém da Coapa tinha um estoque de 33 mil toneladas. A maioria dos grãos são exportados para o mercado asiático.
Bons resultados
O presidente da Coapa, Ricardo Khouri, considerou satisfatório o resultado da Safra de Soja 2017/2018. “Do ponto de vista agronômico, ocorreram bons níveis de produtividade até mesmo superiores aos que eram alcançados em nossa região. Alcançamos também preços remuneratórios, ou seja, durante a própria safra trabalhamos com níveis de preço na Bolsa de Chicago até certo ponto superiores aos fixados no final do ano passado. Houve a satisfação do produtor devido aos níveis de produtividade alcançados e os preços remuneradores”, comentou Khouri.
Para o responsável pela Unidade Técnica da cooperativa, Eduarte Bonafede, os bons resultados alcançados se devem a dois fatores: clima favorável e domínio das tecnologias. “Não ocorreram episódios que comprometessem a saúde das plantas, foram usadas sementes notadamente produtivas, o produtor já detém o conhecimento e tecnologias para alcançar os melhores resultados. Além disso, esse ano agrícola teve chuvas bem distribuídas na região fazendo com que a lavoura se desenvolvesse bem e alcançasse boa produtividade acima dos anos anteriores”.
Já o gerente operacional Handerson Bihain explicou que a recepção dos grãos no armazém seguiu em ritmo acelerado, mas sem contratempos. A unidade operou 24 horas por dia e o trabalho é realizado por 60 colaboradores que se revezam em três turnos.
“O trabalho realizado fez com que fosse superada a meta de recepção de soja estabelecida pela diretoria da Coapa, que eram 80 mil toneladas. O recorde de recebimento é fruto do comprometimento da equipe de trabalho. Sempre ocorrem alguns imprevistos de operação, mas não interferiu no ótimo andamento de recebimento”, comemorou Bihain.