A presidente do Clube de Leitura Blackout Virtual (CLBV), em Tocantinópolis, Marynalva Abreu (foto), participou como interlocutora do seminário virtual “Arte, técnica e paixão: a gestão de projetos de formação de leitores no Brasil contemporâneo”, que faz parte dos trabalhos da pesquisa nacional “O Brasil que Lê”, desenvolvida pelo Instituto Interdisciplinar de Leitura da PUC-Rio, Cátedra Unesco de Leitura da PUC-Rio, pelo Itaú Cultural e pela JCastilho Consultoria. O objetivo da pesquisa “O Brasil que Lê” é mapear, sistematizar e analisar metodologias, tecnologias e práticas de incentivo à leitura realizadas no Brasil.
De acordo com Marynalva Abreu, a pesquisa visa explorar e reconhecer as melhores experiências de fomento à leitura nos últimos anos no Brasil. Nesse sentido, as metodologias de fomento à leitura literária, aplicadas pelo Clube de Leitura Blackout Virtual, se destacaram entre os projetos desenvolvidos por diversos agentes da sociedade brasileira, tais como: escolas estaduais e municipais, universidades públicas e privadas, bibliotecas públicas, privadas e comunitárias e organizações sociais.
Quatro encontros
O Webinário foi dividido em quatro encontros, e o CLBV participou do segundo encontro com o tema “Qual leitor? Como agimos e quem é nosso público. É preciso inovar?”. O seminário, que aconteceu no dia 13 de agosto, foi mediado por Gilda Carvalho(PUC-RIO) e contou com a participação de quatro palestrantes, sendo: Denise Ramalho (PUC-RIO), Dolores Prades (Instituto Emília/ SP), Maria Bernadete Passos (Instituto Colibri/RNBC) e Vera Aguiar (PUC-RS).
Participaram da mesa virtual as representantes de dois projetos convidados: o Clube de Leitura Blackout, de Tocantinópolis, e “Direito à poesia”, de Foz do Iguaçu (PR), que teve como debatedora Cristiane Checchia. As representantes dos projetos convidados, que estão na linha de frente na formação de leitores no Brasil, conversaram com os expositores e apresentaram as principais atividades desenvolvidas nos últimos anos.
Sobre o CLBV
O Clube de Leitura Blackout Virtual (CLBV) foi fundado em agosto de 2016, em Tocantinópolis, como uma Associação sem fins lucrativos, políticos ou religiosos, com fins culturais, artísticos e esportivos. Suas ações são voltadas para o público infantil e juvenil e o seu foco é oferecer alternativas para preencher e tornar-se mais produtivo o tempo das crianças e adolescentes, aproximando-os dos livros literários, sejam eles impressos ou digitais e incentivando-os a praticarem atividades culturais, esportivas, de lazer e entretenimento. Foi declarada de Utilidade Pública Municipal, por meio da Lei nº 1.053, de 19 de outubro de 2018
Parcerias
Em 2017, o Clube firmou parceria com a Universidade Federal do Tocantins, campus de Tocantinópolis. A UFT registra as oficinas literárias e as demais atividades realizadas pelo CLBV, como projeto de extensão, cadastrado no SIGPROJ (Sistema de Informação e Gestão de Projetos da UFT). Em 2018 a entidade assinou convênio com o 1ª Promotoria de Justiça e com o Fórum da Comarca de Tocantinópolis.
Vale ressaltar que, como o Clube não possui recursos próprios, todas as atividades realizadas contam com a participação de diversos voluntários e também com parceiros importantes como escritores locais e regionais, doadores de livros de literatura e doadores das premiações destinadas ao Concurso Leitor Nota 10. Os parceiros que merecem destaque pela participação ativa, durante os cinco primeiros anos, são: vereador e delegado Dr. Tiago Daniel, poeta Giano Guimarães, professora Ana Cristina Pereira Teles, Cássia Maria da Silva Freitas e Guilherme Silva Abreu.
Atividades
As principais atividades realizadas pelo CLBV, durante os primeiros cinco anos, foram: Festival Literário e Cultural/FLITOC, aberto ao público, com apresentações culturais, recital de poesias, peças teatrais, festival de música e homenagem a escritores locais e regionais; Concurso “Quem ler mais? Meninos x Meninas; Gincana literária; “Noite do cinema”, com sessão de cinema aberta ao público; Concurso “Leitor Nota 10”, com diversas premiações; Mesas de debate sobre leitura e produção literária, com a participação de escritores locais, regionais e professores da UFT; Recontos de histórias infantis com avental da imaginação e palestras de estímulo à leitura literária.