Acidente aconteceu em Gurupi, no sul do estado. Água quente de cuscuzeira estava no fogão e caiu sobre menino dentro de casa.
O pequeno Ryan, de 1 ano e 8 meses, está lutando pela vida na maternidade do Hospital Regional de Gurupi, na região sul do Tocantins. Ele sofreu uma queimadura ao derrubar água fervente em metade do corpo, enquanto mexia em uma cuscuzeira que estava no fogão de casa. A família diz que o estado de saúde do menino é grave e luta por transferência para a UTI de outra unidade hospitalar.
A criança está internada há quase uma semana, desde quando teve todo o tronco queimado no acidente. Quanto mais tempo o bebê passa internado, mas a avó sofre. Ela diz que os médicos, que fazem o acompanhamento, demoraram decidir se encaminhariam ou não o paciente para Palmas, onde deve receber tratamento com um especialista em queimaduras.
“Ele é só uma criança. Ele não está querendo se alimentar, não está mais nem rindo. Todo mundo conhece o Ryan e ele é uma criança super ativa. E eu preciso desse cuidado especial para o meu neto”, disse a avó, Débora Ferreira.
Mesmo após o fim do impasse e com a decisão de transferência, Ryan continua na mesma unidade. É que falta vaga no hospital de Palmas e, por isso, o encaminhamento não pode ocorrer.
A família fica angustiada e acredita que a demora pode influenciar no estado de saúde do menino. “Tem que ter essa transferência. O médico já falou que tem que ser lá em Palmas, então tem que ir para lá. Está esperando o quê?”, reclamou a avó.
Outro lado
A Secretaria Estadual de Saúde informou, em nota, que sendo oferecido todo tratamento e assistência disponíveis para a criança e familiares e que o paciente está sendo acompanhado pela equipe de pediatria e pelos médicos especialistas em cirurgia geral, angiologista, dermatologista da equipe multidisciplinar do Hospital Regional de Gurupi.
Segundo a Secretaria, “a criança está consciente e orientada, sem uso de ventilação mecânica ou suporte de monitorização, acomodado em enfermaria de isolamento enquanto aguarda vaga em UTI Pediátrica para transferência”.
Ainda de acordo com a pasta, os pacientes que estão na fila aguardam pela disponibilidade do leito de acordo com o quadro clínico, conforme diretrizes e critérios de avaliação do Sistema Único de Saúde.