Volume de vendas do comércio sofre queda no Tocantins

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Volume de vendas do comércio sofre queda no Tocantins

A Pesquisa Mensal do Comércio – PMC, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apontou variação negativa no volume de vendas no Tocantins de -2,9% no varejo ampliado, em janeiro, na comparação mensal. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de – 0,1%.

Sobre o varejo ampliado, a assessora econômica da Fecomércio Tocantins, Fabiane Cappellesso, explica que “a PMC abrange dez grupos de atividades, sendo que oito deles têm receitas geradas predominantemente na atividade varejista. Já no varejo ampliado são incluídas as atividades vinculadas a veículos e motos, partes e peças e a materiais de construção, que mesclam varejo e atacado”.

Segundo ela, a pesquisa aponta um crescimento no volume de vendas, se analisados os 12 meses como um todo. “De acordo com a PMC, entre os meses de janeiro de 2018 ao mesmo mês deste ano houve uma variação positiva de 9,1% no volume de vendas, já descontada a queda recente”, acrescenta a economista.

No cenário nacional, a PMC apontou uma alta de 3,5% no varejo ampliado em janeiro, percentual inferior aos 6,5% verificados no mesmo mês do ano passado. O que motivou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar de 5,6% para 5,4% a previsão de crescimento do comércio para 2019.

Regionalmente, a recuperação do varejo atinge 18 das 27 unidades da Federação, destacando-se as taxas positivas nos Estados do Espírito Santo (+14,1%), Mato Grosso (+8,2%) e Santa Catarina (+7,1%). Para o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes, o atual patamar dos juros no Brasil é um fator que contribui para a demora no processo de retomada econômica. “Além da necessidade de maior estímulo pela via do crédito, a melhora das condições de consumo tem esbarrado na lentidão da reativação do emprego”, afirmou Bentes.

Com esse cenário, a Confederação estima que a plena recuperação do setor, aos níveis de vendas pré-crise, somente será alcançada na primeira metade de 2021. Apesar dos avanços verificados em 2017 (+4,0%) e 2018 (+5,0%), o volume mensal das vendas do varejo ainda se encontra 11,4% aquém do período anterior à recessão.

Destaques

No mês de janeiro, o comércio automotivo teve o melhor desempenho, com alta de 8,8% em relação a dezembro do ano passado. O setor é um dos que se beneficiam da queda no custo do crédito para o financiamento dos veículos, cuja taxa média atual (22,7% ao ano) é a menor para meses de janeiro desde 2013 (20,5%).

Também se destacaram positivamente os ramos de farmácias e perfumarias (+7,2%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (+6,4%). Entre os segmentos que registraram perdas expressivas estão as livrarias e papelarias (-27,3%) e o ramo de móveis e eletrodomésticos (-2,8%).

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