Israel Borges Nunes, conhecido como Kawê, se pronuncia após ser envolvido em investigação sobre desvio de recursos públicos do transporte escolar.
O vice-prefeito de Formoso do Araguaia, Israel Borges Nunes, popularmente conhecido como Kawê, emitiu uma nota de esclarecimento após ser envolvido na operação da Polícia Federal realizada na última quinta-feira, dia 1º de fevereiro. A ação tinha como alvo investigar desvio de recursos públicos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar, o que resultou na prisão de Nunes.
Na nota, o vice-prefeito afirmou ter sido pego de surpresa pela operação policial e esclareceu que não possui envolvimento direto na gestão municipal nem na investigação em questão. Ele ressaltou que não é parte ativa da administração e tampouco atua como ordenador de despesas. Além disso, destacou não ter participado de licitações ou assinado documentos da prefeitura, exceto durante o dia da posse, diante dos cidadãos formosenses.
Kawê afirmou também que não foi convidado para a viagem a Dubai e nem participa da parte administrativa. Sobre as armas apreendidas durante a operação, declarou que colaborou com as autoridades e que estas não possuem relação com o inquérito em curso.
O vice-prefeito reiterou sua disposição em colaborar com as investigações e aguardar esclarecimentos da justiça, ressaltando sua ausência de envolvimento com processos licitatórios e fundos federais. Ele finalizou a nota afirmando estar à disposição das autoridades para fornecer informações relevantes ao caso, ressaltando, no entanto, sua limitada contribuição devido ao distanciamento da administração municipal desde seu afastamento.
Leia a nota na íntegra:
Me faz necessário vir a público esclarecer algumas questões a respeito do ocorrido na quinta-feira passada. Como todos sabem houve uma operação da polícia federal em Formoso do Araguaia (Rota Dubai), na qual eu fui procurado como declarante para esclarecer algum envolvimento pessoal e de algumas outras pessoas na investigação. Fui pego de surpresa como todos, e na realidade não soube responder muitas questões.
Como Todos sabem não sou parte ativa da gestão e nem da investigação. A investigação trata pelo que sei do transporte escolar, no qual nunca tive nenhuma participação. Sou Vice-prefeito e como tal, não sou ordenador de despesas. Durante a entrevista fui indagado pela minha participação na gestão e também na secretaria de Educação. Não fui de grande ajuda pois não tenho conhecimento das licitações e nem de contratos dessa secretaria. Também deixei claro que não fui convidado para viagem de Dubai, e nunca participei da parte administrativa dessa gestão, um dos motivos pelos quais me afastei da mesma em maio de 2023.
Quanto ao fator das armas, declaro ser verdade, cooperei todo o tempo com a polícia, que apreendeu todas as espingardas da fazenda, como um revólver 38 e munições. Crime comum sem nenhuma ligação com o inquérito e processo da Polícia Federal. Neste não tenho nenhuma ligação com o prefeito nem demais acusados. Estou aguardando a justiça para maiores esclarecimentos e vou cooperar com o que eu souber o que não é muita coisa.
Reafirmo, como vice-prefeito não participo de nenhum processo licitatório, não tenho envolvimento com nenhum fundo federal e nunca assinei UM, NENHUM documento da prefeitura a não ser no dia da posse na presença de todos os cidadãos formosenses. Repito, estou a inteira disposição da justiça e aguardo como todos, mais esclarecimentos.
Atenciosamente
Israel Borges Nunes – Kawê