Comparando com o resultado de 2018, o mês de abril deste ano alcançou um crescimento de 7,1% nas vendas do comércio varejista no Tocantins, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a variação da receita nominal foi de 12,9% frente ao desempenho do mesmo mês do ano passado.
Apesar do resultado positivo, a variação mês a mês (que compara o resultado com o mês imediatamente anterior) vem mostrando uma desaceleração do crescimento no Tocantins, tanto no volume de vendas quanto no faturamento. “Essas variações são causadas, principalmente, pela lenta retomada dos empregos. Sem renda, não há consumo. Sem consumo, não há vendas. O comércio é um ciclo e, analisando o comportamento dos quatro meses de 2019 considerados pela pesquisa do IBGE, sentimos que a recuperação da economia vai demorar um pouco mais”, explica a assessora econômica da Fecomércio Tocantins, Fabiane Capellesso.
No caso do volume de vendas do comércio varejista, o ano começou com queda de -6% (com ajuste sazonal). Alcançou 10% em fevereiro e passou a sofrer recuos, registrando 3,7% em março e 0,7% em abril. No caso da receita nominal de vendas do comércio varejista, janeiro também apresentou resultado negativo (-5,6%), fevereiro ficou em 11,8% e começou a perder força: março registrou 5,2% e abril, 1,2%.
Brasil
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas no comércio varejista brasileiro continua emitindo sinais de desaceleração no curto prazo. Com inflação e taxas de juros ao consumidor mais elevadas ao longo de 2019, o volume de vendas do varejo segue sendo afetado pela fragilidade das condições de consumo, especialmente, diante do atual cenário do mercado de trabalho.
Diante dos resultados de abril, a CNC voltou a revisar para baixo sua expectativa para a variação das vendas em 2019. A entidade projeta crescimento real de +4,5% em relação ao ano passado ante uma expectativa anterior de +4,9%. Nos dois últimos anos, o volume de vendas do varejo brasileiro variou +4,0% e +5,0%, respectivamente.