Tribunal do Júri condena dois réus pelo assassinato de vendedor de frutas

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Tribunal do Júri condena dois réus pelo assassinato de vendedor de frutas

O empresário Aumirlei Alves de Castro foi condenado a mais de 18 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado. Já Cláudio Kennedy Goiás de Araújo cumprirá uma pena superior a quatro anos

Tribunal do Júri condenou dois dos três réus julgados pelo assassinato do vendedor de frutas Carlos Magno Alves Reis. O crime aconteceu em julho de 2020 na cidade. Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima foi sequestrada, submetida a tortura e morreu por afogamento.

Veja como ficou a sentença:

  1. Aumirlei Alves de Castro – foi condenado por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima; tortura mediante sequestro e ocultação de cadáver. A pena é de 18 anos, 10 meses e 27 dias de reclusão cumprida em regime fechado, além de uma indenização de R$ 10 mil destinada aos herdeiros da vítima;
  2. Cláudio Kennedy Goiás de Araújo – foi condenado por tortura mediante sequestro e ocultação de cadáver. A pena é de quatro anos, dois meses e 15 dias de reclusão sendo cumprida em regime semiaberto;
  3. Alberto Vulcão Barbosa – foi absolvido pelo crime de falso testemunho.

O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (5) no fórum de Araguaína. A sessão começou pela manhã e só finalizou à noite.

Veja como o homicídio aconteceu

Conforme a acusação do MPE, o empresário Aumirlei Alves de Castro suspeitava que a vítima havia subtraído um aparelho de telefone da sua esposa. Ele teria planejado o sequestro de Carlos Magno para obter uma confissão do furto e informações sobre o paradeiro do celular.

O segundo envolvido, Cláudio Kennedy, teria ajudado no crime amarrando a vítima e se revezando em uma sessão de torturas físicas e psicológicas, em uma chácara em Araguaína.

A vítima negava ter furtado o aparelho e tentou fugir, mas foi alcançada por Aumirlei Alves próximo a um córrego, onde iniciaram um embate físico. Debilitado pela tortura, Carlos Magno não teve força para reagir e terminou sendo afogado pelo empresário.

Após a morte, os dois réus teriam voltado para a cidade, onde compraram uma pá e uma lona. Os itens foram utilizados para cavar um buraco e enrolar o corpo da vítima.

Eles foram denunciados por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de métodos que dificultaram a defesa da vítima. Também respondem por tortura mediante sequestro e ocultação de cadáver.

O comerciante Alberto Vulcão Barbosa respondia no mesmo processo por supostamente prestar informações falsas à Polícia Civil, visando dificultar a investigação. Ele foi denunciado por falso testemunho em processo penal, mas acabou sendo absolvido.

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