Movimento também apresentará apoio à Operação Lava Jato, à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e ao juiz Sergio Moro
Movimentos organizados estão mobilizando a população de diversas cidades do país, principalmente por meio das redes sociais, para sair às ruas neste domingo, 13, em manifestação nacional contra a corrupção. No Tocantins, há confirmação da participação de cinco cidades. Em Colinas do Tocantins, o evento se inicia às 7 horas, na Praça Sete de Setembro. Já em Araguaína, haverá concentração na Praça das Bandeiras, às 8 horas. A população de Porto Nacional se reunirá na Feira Coberta, às 9 horas. Em Gurupi, o evento também se iniciará às 9 horas, na Feira Coberta da Rua Sete.
Em Palmas, os manifestantes se reunirão às 16 horas, na Praça dos Girassóis. A expectativa é de que o evento na Capital reúna mais de 10 mil pessoas. “A maior será a de Palmas, estimamos uma presença de 10 mil pessoas”, afirmou ao CT um dos organizadores do movimento no Estado Frederico Brancher.
A manifestação também tem como objetivo apresentar apoio à Operação Lava Jato, à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, à Justiça Federal e ao juiz Sergio Moro que é responsável por conduzir os processos da operação.
O evento, que ganhou maiores proporções após as últimas revelações das investigações envolvendo o ex-presidente Lula e o governo Dilma, será realizado em mais de 400 cidades do Brasil e ainda 23 do exterior. “O número vem crescendo cada dia, nunca tivemos tanta adesão nos eventos das redes sociais. Estimamos que será a maior e mais importante manifestação desde que começamos em 2013”, destacou Frederico Brancher.
O Movimento Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre, Movimento Conservador de Direita e outros grupos menores locais, com apoio de entidades e associações de estudantes, professores, comércio, empresários e do meio rural; estão à frente da organização no país.
Araguaína
O produtor rural Júnior Marzola, que faz parte da comissão organizadora do evento em Araguaína, disse ao CT que a expectativa quanto à manisfestação está “grande”. “Esperamos levar de 3 mil a 5 mil pessoas para as ruas”, afirmou.
Preparativos e divulgação do evento em Araguaína
Conforme Marzola, o Sindicato Rural de Araguaína, a Organização Não Governamental (ONG) Liberdade, Associação Comercial de Araguaína e Maçonaria estão mobilizando diversas categorias da sociedade pelas rede sociais, por panfletos, camisetas e adesivos. “A sociedade civil está se organizando para lutar pelos direitos dela”, pontuou.
Para o diretor do Sindicato Rural de Araguaína, Nasser Iunes, é o momento da sociedade apoiar a Polícia Federal e o Ministério Público. “Esse movimento é baseado no apoio ao fortalecimento das instituições que combatem a corrupção. Nós esperamos que estas instituições reajam e não sofram influências políticas”, disse confirmando que diversas categorias contribuem com a divulgação do evento.
Marzola explicou que a população de Araguaína se concentrará na Praça das Bandeiras, às 8 horas. De lá, seguiram em caminhada pela Avenida Cônego João Lima, até o prédio da Polícia Federal. Eles entregarão ao delegado de plantão documento de apoio às instituições que investigam esquemas de corrupção.
Os organizadores do evento lembraram que a manifestação não tem conotação partidária. “O movimento é livre e democrático, é da sociedade civil organizada. Não tem nenhuma conotação política partidária. Quem quiser participar é muito bem-vindo, mas seguindo as instruções de não trazer bandeiras”, pontuou Marzola, ressaltando que autoridades políticas e ex-candidatos não poderão discursar.
Vem Pra Rua
O Movimento Vem Pra Rua disse que, nesse momento, o Brasil precisa de união. “O momento requer a união da população em torno dos temas que podem mudar o destino do país. Considerando que as instituições que melhor estão funcionando no Brasil são o Ministério Público e a Polícia Federal e diante de indícios de tentativas claras de golpe a essas instituições, é fundamental que a sociedade saia em sua defesa”.
O objetivo do grupo é fazer uma manifestação pacífica e sem interferência de partidos políticos e possíveis candidatos. “O Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre são apartidários. O nosso movimento é do povo e para o povo. Não somos palanque de discurso de políticos. Entretanto, não podemos ser inocentes do interesse de partidos da oposição, sempre haverão políticos tentando se promover. Mas eles não contam com o nosso apoio e vice-versa. Também somos contra qualquer tipo de violência”.
Em 2015, o Movimento Vem Pra Rua, ao lado de outros movimentos, reuniram em cerca de 400 cidades de todo o Brasil, mais de três milhões de pessoas em manifestações nacionais nos dias 15 de março, 12 de abril, 16 de agosto e 13 de dezembro de 2015. A expectativa é de que a manifestação do dia 13 seja maior do que as anteriores.
Em 16 de agosto de 2015 o povo tomou a Avenida Paulista em São Paulo; expectativa é de que manifestação de domingo seja maior
Foto: Divulgação
Investigações anticorrupção
O Brasil vai às ruas, conforme o Movimento VPR, no momento em que o Ministério Público, a Justiça Federal e a Polícia Federal necessitam manter sua independência de influências políticas e partidárias, “pois são as instituições que estão à frente das investigações anticorrupção mais importantes no país hoje: as operações Lava Jato e Zelotes”.
A fase ostensiva da Operação Lava Jato foi deflagrada no dia 17 de março de 2014, com o objetivo de apurar esquema de lavagem de dinheiro, oriundo de desvios da Petrobras. É considerado pela Polícia Federal como a maior investigação de corrupção da história do país. De acordo com as delações recebidas pela força-tarefa da Lava Jato, partidos, empresários e diversos políticos foram beneficiados com o esquema. Já a Operação Zelotes foi deflagrada em 26 de março de 2015 para investigar esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão colegiado do Ministério da Fazenda, por sonegação fiscal e previdenciária.
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