O Ano de 2019 começa com uma redução de 80% nos casos registrados de malária em comparação com o mesmo período do ano passado.
Dia 25 de abril é lembrado como o dia Mundial da luta contra a Malária. A data foi criada com o intuito de reconhecer o empenho, o controle mais eficaz desta doença, o aproveitamento e apoio das experiências bem sucedidas.
A Amazônia Legal é responsável por 99% dos casos de malária no Brasil. Dados a nível nacional mostram que o ano de 2018 iniciou com aumento de 52,8%. Quando comparado ao ano de 2017, houve redução anual de 1,6%, sustentando o resultado. Em 2019 iniciou com uma redução importante de 34,7%, sendo a maior parte dos casos distribuída nos Estados do AM, PA e RR, o equivalente a 72,4%.
Segundo a enfermeira da área técnica, Denize Khirlley, o Tocantins é o Estado da região Amazônica com menor participação no número total de casos notificados. “Nos assemelhamos a Estados da região extra-amazônica. No ano de 2018 a contribuição do Tocantins no resultado geral de casos na Amazônia Legal foi de 0,01%, esse resultado precisa ser superado para que o Tocantins saia da área endêmica da doença e consequentemente passe para área com transmissão residual”, disse.
Nos últimos anos o Tocantins vem reduzindo o número de casos notificados, internações e óbitos através de ações continuadas de controle da malária. No ano de 2018, a redução foi de 66,2% no número de casos em comparação com o ano anterior. Em 2019, foram registrados nos dois primeiros meses três casos importados, notificados na Região Médio Norte Araguaia, que comparado ao mesmo período do ano de 2018 apresenta uma redução de 80%. “É preciso ressaltar que esses casos não foram adquiridos aqui no Tocantins, foram de pessoas que contraíram a doença fora do nosso território, mas foram diagnosticados por aqui”, concluiu Denize.
Segundo o Ministério da saúde, a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
A malária não é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa, é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Estes mosquitos são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno, porém em menor quantidade.