Nesta terça-feira, 19, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme. Estima-se que aproximadamente 600 pessoas são portadores da doença no Tocantins. Quem tem a doença precisa de acompanhamento médico regular durante toda a vida e a Secretaria de Estado da Saúde por meio da área técnica de triagem neonatal tem avançado nas discussões acerca da doença.
A doença falciforme provoca deformação das hemácias, que assumem forma de foices, causando deficiência do transporte de oxigênio para os tecidos, obstrução de vasos sanguíneos, crises de dor e queda de imunidade, dificultando a portador de realizar atividades do dia a dia. É uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, de elevada mortalidade, principalmente nos primeiros anos de vida, o que exige identificação e tratamento precoces, que apesar de aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida, não possibilitam a cura. A doença é mais comum na população negra e, no Espírito Santo, a incidência é de 1 a cada 1.800 nascidos vivos.
Em abril deste ano, médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas dos municípios com maior prevalência de doença falciforme no Tocantins se reuniram para capacitação com técnicos do Ministério da Saúde e da Gerência de Média e Alta complexidade do Tocantins, e para discussão em torno da linha de cuidado da Doença Falciforme no Estado, conforme destacou a coordenadora estadual do programa de triagem neonatal, Andreza Correia da Silveira.
“A doença falciforme gira em torno da atenção integral. O paciente não tem que ser tratado apenas no hemocentro, ele precisa ser acompanhado também nos municípios, incentivando o autocuidado, alimentação saudável, o uso de medicamentos da forma correta para que eles tenham menos intercorrências, menos eventos agudos e consequentemente menos internações” explicou.
Ainda de acordo com a coordenadora, foi realizado o mapeamento e constatado que os municípios de maior prevalência da doença no Estado são: Dianópolis, Peixe, Paranã, Porto Alegre, Paraíso do Tocantins, Araguaína, Porto Nacional, Chapada de Natividade, Brejinho, Tocantinópolis, Monte do Carmo, Palmas e Gurupi.
A responsável pela Política de Atenção Integral a Pessoas com Doença Falciforme do Ministério da Saúde, Maria Cândida Queirós, que também participou da capacitação, destacou a importância da implantação da política da doença falciforme localmente. “O serviço já funciona e acontece no Tocantins, mas estamos propondo novas diretrizes de forma organizada, atenção integral envolvida com atenção básica, formação permanente dos profissionais, inclusão da Doença Falciforme nas redes temáticas que estão sendo implantadas e vigilância epidemiológica, por exemplo”.
A doença falciforme provoca deformação das hemácias, que assumem forma de foices, causando deficiência do transporte de oxigênio para os tecidos, obstrução de vasos sanguíneos, crises de dor e queda de imunidade, dificultando a portador de realizar atividades do dia a dia. É uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, de elevada mortalidade, principalmente nos primeiros anos de vida, o que exige identificação e tratamento precoces, que apesar de aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida, não possibilitam a cura. A doença é mais comum na população negra e, no Espírito Santo, a incidência é de 1 a cada 1.800 nascidos vivos.
Diagnóstico e tratamento
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o teste do pezinho, exame necessário para diagnóstico da doença falciforme. Ele é feito nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios e deve ser realizado preferencialmente entre o segundo e o quinto dia de vida da criança. O ambulatório de hematologia, localizado no Hospital Geral de Palmas (HGP) é responsável pela assistência especializada ao paciente com doença falciforme no Tocantins.
O paciente chega para o hemocentro por meio do serviço de regulação do Estado. Como primeira consulta, passa pelo hematologista e após isso, por toda equipe multiprofissional, composta por pediatra, enfermeiro, nutricionista, assistente social, psicólogo e dentista.
Os pacientes com Doença Falciforme têm uma chance maior que as outras crianças de ter infecção grave, principalmente antes dos cinco anos de vida. Por isso o SUS fornece um medicamento específico para o tratamento profilático (preventivo) aos pacientes de 0 a 5 anos de vida, trata-se do Pen-Ve-Oral. O antibiótico profilático evita infecções, principalmente as infecções graves.