Suspeitos de degolar jovem após 12 horas de tortura são condenados pela Justiça

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Suspeitos de degolar jovem após 12 horas de tortura são condenados pela Justiça

Crime aconteceu em junho de 2019 e chocou a população de Divinópolis do Tocantins. Criminosos ainda gravaram o assassinato para provar aos chefes que tinham cumprido a ordem.

A Justiça condenou quatro suspeitos de participarem da morte de Herick Luan Pereira de Araújo, de 20 anos, em Divinópolis do Tocantins, na região oeste do estado. O crime aconteceu em junho de 2019 e chocou a população da cidade devido aos requintes de crueldade. A vítima foi torturada por 12 horas enquanto era filmada e depois degolada.

Os réus de 20, 21,22 e 23 anos foram condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura, cárcere privado e organização criminosa. O julgamento em Júri Popular ocorreu no Fórum de Paraíso do Tocantins, na última sexta-feira (17). As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (20) pela Secretaria de Segurança Pública.

O caso foi investigado pela 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (6ª DEIC). Ao todo, cinco homens foram ligados ao assassinato. Quatro foram presos em setembro do mesmo ano durante a operação Place de Grève. O quinto suspeito era um adolescente que foi apreendido.

Após a condenação, os homens que se encontravam presos preventivamente desde a época do crime retornaram para a Casa de Prisão Provisória de Paraíso onde darão continuidade ao cumprimento de suas penas.

O crime

Conforme as investigações da Polícia Civil, por volta do meio-dia do dia 7 de junho de 2019, os quatro homens juntamente com um adolescente menor de idade sequestraram a vítima e levaram para a casa de um deles.

Herick Luan foi amordaçado, torturado e agredido por mais de 12 horas. Na madrugada, os condenados levaram ele para um imóvel em construção. Nesse local, os acusados continuaram a tortura e degolaram a vítima, que ainda estava viva, durante o ato.

O crime teria sido motivado em razão de uma disputa entre facções criminosas, uma vez que o grupo responsável pela morte da vítima era de uma facção rival. A polícia apurou ainda que os vídeos serviriam para provar que a morte tinha sido executada conforme ordenado.

“As condenações dos quatros homens significam o desfecho de um caso macabro que causou muita comoção na população da cidade e que trouxe uma sensação de insegurança na população. Desse modo, as investigações da PC-TO identificaram os autores e desvendaram o crime, para que a justiça pudesse, embasada nas provas colhidas, proceder à responsabilização de todos os envolvidos”, disse o delegado Eduardo de Menezes.

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