Pesquisa foi realizada por meio de link da Internet entre dias 2 e 5 de abril e serviu como base de dados para ações em prol do empresariado
Passamos por mais de 20 dias após o primeiro caso confirmado de Covid-19 no Tocantins e com isso, muitos reflexos são sentidos pela população, tanto sociais e sanitários quanto econômicos. As empresas do comércio no geral estão sendo prejudicadas economicamente pela pandemia do Coronavírus em quase sua totalidade, conforme aponta a Sondagem sobre os Impactos do Covid-19 realizada pelo Sistema Fecomércio Tocantins e Sindicatos Empresariais. 91,5% dos empresários responderam que tiveram redução em seu faturamento.
A Sondagem mapeou ainda outros impactos diretamente relacionados a sua empresa, tais como: grau de queda no faturamento, medidas adotadas para combate, ações alternativas para o fechamento, entre outros, além das necessidades sentidas neste momento pelo empresário.
Dentre essas demandas, em primeiro lugar está a PRORROGAÇÃO DE PAGAMENTOS DE TAXAS E IMPOSTOS, com 24,6%. A Fecomércio e Sindicatos já haviam enviado no dia 19 de março, um documento ao executivo estadual pedindo ao Governo a postergação do prazo para recolhimento do ICMS para as empresas optantes pelo Simples Nacional, referente a substituição tributária e das empresas de apuração do lucro real, dos meses de fevereiro, março e abril, pelo prazo de 120 dias com pagamento parcelado sem acréscimos, bem como, prorrogação também do prazo para envio de declarações relativas aos tributos estaduais e a suspensão dos prazos para a prática de atos processuais no âmbito da Secretaria da Fazenda (Sefaz). Além disso, no mesmo documento foi pedida a redução das alíquotas do ICMS.
No dia 26 de março, foi emitido novo documento ao Governo estadual, mas também para Prefeitos das principais cidades do estado e também para a Associação Tocantinense de Municípios (ATM), com outros pedidos relacionados ao dia a dia das empresas e solicitando a suspensão do pagamento do IPTU, a interrupção da inserção em dívida ativa e protestos nos próximos 120 dias, prorrogação do ICMS e ISS nos moldes que foram adotados pelo Governo Federal para o Simples Nacional e a suspensão das inscrições estaduais das empresas com débitos de ICMS contraídos no período entre 01 de março de 2019 a 31 de março de 2020.
Dessas reivindicações, apenas uma foi atendida em partes pois não foi atendido o prazo e nem o parcelamento, a prorrogação por 90 dias do recolhimento do ICMS que cabe ao Estado das empresas enquadradas no Simples Nacional, a partir de 1º de abril. O anúncio foi feito no dia 2 de abril e publicado no mesmo dia, com vigência imediata.
Já a segunda maior necessidade sentida pelo empresário apontada pela sondagem são os EMPRÉSTIMOS COM JUROS BAIXOS (23,5%). Para isto a Fecomércio, no intuito de auxiliar o empresário na tomada de decisão e análise de crédito, está disponibilizando em seu site uma tabela comparativa com as principais taxas ofertadas por bancos públicos e privados para financiamento de Folha de Pagamento e Capital de Giro.
O levantamento foi feito pelo consultor de mercado e financeiro, Reginaldo Pontes Felix, que conta com mais de 28 anos de experiência no Sistema Financeiro. Além disso, no documento encaminhado ao governo estadual também foi pedida uma linha de crédito especial na Agência de Fomento, com carência de 180 (cento e oitenta) dias e amortização em no mínimo 36 (trinta e seis) meses, a qual ainda não obtivemos resposta.
Outros pontos destacados pelos empresários como necessidades foram: AJUDA FINANCEIRA (20,3%) seguida de AJUDA GOVERNAMENTAL (16,4%). Apareceram também em menor porcentual: investimento em publicidade (7,2%), consultoria em gestão/contábil/jurídica (4,8%), reabertura do comércio (1,1%) e outros (2,1%).
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