Sobe para 40 o número de casos suspeitos de varíola dos macacos no Tocantins

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Sobe para 40 o número de casos suspeitos de varíola dos macacos no Tocantins

Mais da metade dos pacientes são de Palmas. Amostras foram encaminhadas para análise na Fundação Ezequiel Dias (FUNED), em Belo Horizonte (MG).

Subiu para 40 o número de casos suspeitos de varíola dos macacos no Tocantins até esta segunda-feira (15). São 27 casos a mais em relação à semana passada, quando eram 13 suspeitas. Os pacientes estão em dez cidades, sendo mais da metade em Palmas.

Apenas uma pessoa teve diagnóstico confirmado até o momento no estado e o paciente já recebeu alta. O levantamento sobre a doença está sendo divulgado semanalmente pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).

Onde estão os casos

 

O único caso confirmado no Tocantins foi diagnosticado na última semana de julho. O paciente era um homem de 32 anos, morador de Nazaré, na região do Bico do Papagaio. Ele completou o isolamento e recebeu alta após exames confirmaram que estava curado do vírus.

Os casos suspeitos estão divididos da seguinte forma:

Palmas (22), Lagoa da Confusão (1), Araguaína (3), Colinas do Tocantins (3), Porto Nacional (2), Gurupi (4), Cristalândia (1), Miranorte (2), Palmeirante (1) e Paraíso do Tocantins (1).

Segundo a SES, um caso que antes foi atribuído como suspeito para Formoso do Araguaia agora foi identificado como residente de Gurupi.

As amostras dos pacientes investigados foram encaminhadas para análise na Fundação Ezequiel Dias (FUNED), em Belo Horizonte (MG). O prazo de entrega dos resultados é de até 15 dias.

Plano de contingência

 

O plano de contingência para o vírus Monkeypox foi divulgado no início de agosto pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foi definido que os atendimentos devem começar na rede de saúde municipal. Dependendo da gravidade os pacientes serão encaminhados para os hospitais estaduais.

O plano definiu hospitais que serão referência para casos leves, moderados e graves.

Com a suspeita da doença, os pacientes devem procurar primeiro a atenção primária, que são os postos de saúde municipais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A depender da gravidade, serão encaminhados aos hospitais estaduais.

Os municípios também deverão elaborar planos de contingenciamento. A primeira cidade a divulgar as medidas para atendimento foi Araguaína, que definiu a Unidade Palmeiras do Norte, para ser referência de atendimento dos casos.

Isolamento

 

Caso o paciente não precise de internação e esteja com suspeita da doença, deve cumprir imediatamente 21 dias de isolamento. Ele passará por exames para confirmação e o isolamento só poderá acabar após o desaparecimento completo das lesões. O paciente deve ser acompanhado em relação a sinais e sintomas, devendo ser referenciado para atendimento especializado no caso de complicações.

Pessoas que tiveram contato com pacientes suspeitos ou confirmados devem passar por acompanhamento, mas não há necessidade de isolamento dos contatos assintomáticos.

Entre os tipos de complicações para internação estão:

infecções secundárias;

lesões cutâneas permanentes;

perda de fluidos por exudação;

lesões dolorosas em mucosas;

odinofagia (dor ao engolir);

disfagia (dificuldade de engolir);

sangramento retal;

dor anal;

redução da acuidade visual e outros problemas oculares

broncopneumonia;

insuficiência respiratória.

 

Cuidados contra o Monkeypox

 

O plano de contingência estadual ainda alerta a todos quanto à prevenção da varíola dos macacos e cuidados ao lidar com pacientes suspeitos.

Como a forma de transmissão é através do contato com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas, objetos recentemente contaminados ou fluidos corporais, a orientação é para o uso de equipamentos de proteção e ainda higienização. Além disso, manter o distanciamento também pode evitar o contato com gotículas de pessoas infectadas.

Nas unidades de saúde, os trabalhadores devem estabelecer uma barreira física, cobrir qualquer lesão de pele, higienizar adequadamente as mãos, com água e sabão ou álcool gel, e usar máscara. Também é necessário o uso de máscara, óculos, luvas e avental, além da higienização das mãos regularmente.

As notificações de casos suspeitos devem deverão passar pela Vigilância Epidemiológica do Município e do estado, que passará aos órgãos federais.

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