Durante todo o mês de janeiro estão sendo intensificadas ações de mobilização e diagnóstico para combate e controle da Hanseníase no Estado. O Janeiro Roxo é um mês de alerta e combate a doença, onde os serviços de saúde realizam ações para alertar a população sobre os cuidados, formas de contágio e tratamento. A hanseníase é considerada um grave problema de saúde pública no Brasil e no Estado. No Tocantins em 2017 foram registrados 1.144 casos já em 2018 foram 1.635 casos.
A Assessora Técnica da Hanseníase, Regina Maria Figueiredo Garcia Teixeira explica que o diagnóstico de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico e deve ser realizado na Unidade Básica de Saúde em todo o Estado, “pelo profissional médico, por meio da análise da história e das condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas da pele com alterações de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos, sensitivo, motor ou autonômico”, declarou.
Data
O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase foi instituído pela Lei nº 12.135/2.009 com o objetivo de chamar a atenção da sociedade e das autoridades de saúde sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado desta doença. Celebrado no país no último domingo do mês de janeiro, a data intensifica as atividades durante todo o mês de janeiro, intitulando uma mobilização nacional chamada Janeiro Roxo onde os órgãos de saúde e parceiros realizam diversas campanhas de conscientização e mobilizações com a busca ativa de contatos de pacientes diagnosticados com hanseníase nos municípios.
Para encerrar as atividades do Janeiro Roxo no dia 10 de fevereiro a Coordenação do Programa Municipal de Hanseníase de Palmas e a área Técnica da Secretaria de Estado da Saúde estarão programando um evento em Comemoração ao Dia Mundial, que será realizada no Parque Cesamar, das 16h às 20h com atividades de mobilização.
Sobre a doença
A hanseníase (Lepra) é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Micobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
O diagnóstico de caso de hanseníase deve ser realizado na Unidade Básica de Saúde, pelo profissional médico da estratégia saúde da família, pois ele é essencialmente clínico.
O profissional médico realiza o diagnóstico por meio do exame dermatoneurológico, ou seja, por meio da inspeção da pele e palpação dos nervos periféricos onde é identificado lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). Os exames realizados para confirmação diagnóstica são os testes de sensibilidade térmica (quente e frio – com uso de tubo de ensaio), Tátil (uso de algodão) e Doloroso (alfinete de costura com ponta fina e romba ou agulha de insulina).
Se necessário para auxiliar na classificação operacional do caso pode-se solicitar alguns exames complementares, como por exemplo: esfregaço intradérmico, biópsia de pele ou nervo e eletroneuromiografia.
O tratamento é totalmente gratuito e fornecido nas unidades básicas de saúde.
Os principais sinais e sintomas da doença são:
Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas) ou eritematosas, lesões infiltradas e avermelhadas, diminuição ou perda de sensibilidade (a pessoa pode sentir formigamentos e/ou choques e/ou câimbras que evoluem para dormência – se queima ou machuca sem perceber);
Infiltrações e nódulos principalmente na face e pavilhões auricular, diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente sobrancelhas e cílios; Falta ou ausência de sudorese no local da mancha, pele e olhos ressecados, obstrução nasal, dentre outros.