Mapeamento identificou mais de duas mil propriedades com casos recorrentes nos últimos cinco anos. Segundo o MP, apenas em 2019 houve registro de casos em mais de 1,5 mil imóveis.
Os donos de propriedades rurais que tiveram registros de queimadas em anos anteriores começaram a receber notificações de que os imóveis estão sendo monitorados por satélite e também com o trabalho em campo dos fiscais em 2020. A ação é preventiva e tem o objetivo de evitar que sejam realizadas queimas propositais, prática comum para ‘limpar’ áreas grandes na zona rural.
O Ministério Público do Tocantins disse que os moradores serão informados sobre as consequências nas esferas administrativa, penal e civil às quais estão sujeitos. Lembrou ainda que mesmo as queimas controladas estão suspensas até o dia 13 de novembro. Ao todo, equipes de 22 instituições vão participar das notificações.
O mapeamento realizado pelo Centro de Monitoramento Ambiental e pela Secretaria do meio Ambiente identificou mais de duas mil propriedades em que a situação foi identificada nos últimos cinco anos. O MP informou que apenas em 2019 houve casos em mais de 1,5 mil imóveis.
Este ano, as ações de prevenção ao fogo foram antecipadas para evitar uma situação como a do ano passado. Em 2019 o Tocantins precisou solicitar ajuda ao Exército, a Marinha e até a países estrangeiros para o combate ao fogo. No cenários nacional o aumento de casos do tipo na Amazônia e no Pantanal gerou alerta de ambientalistas.
O período de estiagem no Tocantins costuma ir até meados de novembro. Desde o começo do ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 3.688 focos de queimadas no Tocantins. Em todo o ano passado foram 13.625. Historicamente, os meses com o maior número de casos costumam ser agosto e setembro.