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Professora encontra nas olimpíadas escolares uma oportunidade para transformar vidas

Desde 2016, ela vem sendo destaque na Olimpíada de Língua Portuguesa, neste ano, teve dois estudantes classificados para a semifinal

 

Usar a educação para transformar vidas é o que faz a professora de língua portuguesa Rosana Ribeiro dos Santos. Ela descobriu que o canal para uma mudança significativa na vida dos estudantes seria a participação na Olimpíada de Língua Portuguesa. Foi em 2008 que ela se inscreveu pela primeira vez, mas não conseguiu ultrapassar as etapas de classificação. Ela não desistiu, foi observar pontos que precisava melhorar, reescrever os trabalhos, ler com atenção o material da olimpíada, até que, em 2016, ela conseguiu chegar à fase semifinal e conheceu, com a aluna Thalita Batista de Azevedo, a cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O resultado do seu esforço chegou ao ápice, neste ano, com dois estudantes classificados para a fase semifinal da olimpíada: Laércio Bispo Rodrigues, na categoria crônica, e Luiz Eduardo Pereira da Silva, no gênero memórias literárias.

A professora Rosana trabalha na Escola Estadual Joaquim Francisco de Azevedo, localizada em Taipas do Tocantins. Ela nasceu na cidade de Araras, interior de São Paulo, e veio para o Tocantins na infância, com os pais, que foram morar em Taipas. Desde criança, Rosana é inquieta com a rotina, gostava muito de ler. As primeiras letras, aprendeu em escola rural. Ela cursou o ensino fundamental na mesma unidade escolar na qual trabalha atualmente. Parte do ensino médio ela cursou no Educandário Evangélico Ebenézer e teve como uma das professoras, Adriana Aguiar, atual secretária de Estado da Educação, Juventude e Esportes, e, outra parte, no Colégio João de Abreu, de Dianópolis.

“Meu amor pela educação começou ainda na infância. Reunia os amiguinhos para brincar de escola e eu representava a professora”, contou Rosana. Ela lembrou o esforço e os desafios para sair da zona rural e estudar na cidade. “Caminhava todos os dias quase seis quilômetros para chegar à escola, mas isso não me desanimava”, afirmou. Ela aprendeu a grande lição da escola, não perder as oportunidades que aquele ambiente oferece.

Voltar para a Escola Estadual Joaquim Francisco de Azevedo para trabalhar foi um momento de grande emoção. Encontrar antigos professores, que hoje são colegas de trabalho como Adnélia Ferreira Lopes, representou as vitórias que Rosana vem colhendo ao longo de sua vida.

Ela exerce a docência, há 11 anos, na mesma unidade escolar. “Escolhi ser professora, porque acho uma profissão gratificante. Transformar vidas por meio da arte de ensinar é algo fascinante para mim, porque temos a oportunidade de aprender ensinando”, enfatizou.

A olimpíada promove voos para outras culturas

A professora Rosana destacou a importância de sua classificação na semifinal da olimpíada. “Em 2016, participei da formação oferecida pela olimpíada, e essas aprendizagens trouxeram como retorno a participação de mais estudantes”, comentou.

Sobre estar na semifinal da olimpíada e poder viajar e conhecer outro estado brasileiro, ela destacou. “Minha expectativa é poder alcançar os objetivos, conquistar o título e aprender mais com as aulas que teremos nos encontros que a olimpíada oferece”.

Rosana criou na escola uma rotina de preparações para a olimpíada. “Reunimos com os dois alunos no contraturno, para estudarmos, e eles estarem mais preparados para defender ou explicar sobre seus trabalhos durante o encontro presencial”, evidenciou.

Histórias do Tocantins

 

O estudante Luiz Eduardo está na olimpíada no gênero memórias literárias, com o texto o Pequi nosso de cada dia. Laercio foi classificado com a crônica o Triste destino de João Manuel.

O estudante Laercio, do 9º ano do ensino fundamental, abordou a questão do córrego João Manuel, que fica nas proximidades da cidade e que está quase seco e poluído. A crônica é uma forma de chamar a atenção dos moradores sobre a necessidade de preservação do meio ambiente.

Luiz Eduardo, aluno do 7º ano do ensino fundamental, retratou no seu trabalho o pequi, fruto típico da região, muito apreciado, e explicou sobre a sobrevivência da planta em tempos de queimadas.

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