O secretário também prometeu reforçar o quadro de servidores nas unidades prisionais.
O secretário de Cidadania e Justiça do Tocantins, Heber Luis Fidelis, afirmou que o esquartejamento de um detento na Unidade Prisional Barra da Grota, em Araguaína, não tem ligação com as outras duas mortes ocorridas nos últimos quatro dias nas Casas de Prisão Provisória de Gurupi e Palmas.
Segundo o secretário, a execução ocorrida em Araguaína seria um protesto contra os novos equipamentos de segurança que estão sendo instalados nos presídios do Estado, como bloqueadores de celulares e o body scan. Havia um bilhete em cima do corpo reivindicando a retirada dos equipamentos.
“Tudo levar a crer que a morte em Gurupi foi um suicídio pela forma que o corpo foi encontrado e depoimentos dos outros presos. A segunda morte na CPPP era de um membro de uma facção criminosa que foi morto pelos outros membros. Em Araguaína, outra facção criminosa executou seu membro e com isso veio bilhetes de dentro dos pavilhões devido aos aparelhos que estão sendo colocados de dentro das unidades”, disse.
Conforme o secretário, a entrada de drogas na CPP de Palmas foi zerada por causa dos scanners corporais. Quanto às armas artesanais usadas nos crimes, o secretário explicou que “a unidade é antiga e feita de alvenaria”, o que permite com que os detentos confeccionem as próprias armas com ferros e outros objetos das paredes.
A Secretaria de Cidadania e Justiça afirmou que está em alerta devido os últimos acontecimentos no estado vizinho do Pará (rebelião no Presídio de Altamira que deixou 62 mortos), mas ressaltou que as mortes no Tocantins não estão ligadas a esse episódio.
O secretário também prometeu reforçar o quadro de servidores da pasta. “Estamos trabalhando para trazer mais agentes para a segurança das unidades. Hoje temos 855 agentes, divididos em 39 unidades”, finalizou.