Prefeitos relatam falta de efetivo policial em Municípios e ATM cobra Estado medidas para sanar problema da insegurança

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Prefeitos relatam falta de efetivo policial em Municípios e ATM cobra Estado medidas para sanar problema da insegurança

O presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e prefeito de Talismã, Diogo Borges, se dirigiu nesta quinta-feira, 27, até o Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins, em Palmas, para se reunir com o Comandante-Geral da PM, Coronel Julio Manoel da Silva Neto, para apresentar o relato de prefeitos sobre a falta de efetivo policial em alguns Municípios tocantinenses, bem como para cobrar medidas do Estado que possam sanar o problema da insegurança presentes em algumas localidades.

Na ocasião, o presidente da entidade municipalista estava acompanhado do prefeito de Cristalândia, Big Jhow, e repassou ao Comandante-Geral um ofício da ATM no qual cobra a presença efetiva de policiais militares nos 139 Municípios tocantinenses. “Tal situação tem criado uma atmosfera de insegurança nos moradores dos pequenos Municípios, dando margem para que a criminosos e bandidos possam praticar delitos livremente, sem combate e repreensão necessária, aumentando assim o sentimento de impunidade”, disse o presidente da ATM.

Relatos – Os relatos chegam das diversas regiões do Estado. “Aqui na região do médio Araguaia, nós estamos sofrendo absurdamente com a falta de policiamento e com a insegurança desenfreada”, disse o prefeito de Couto Magalhães, Júlio César. “Em Santa Maria temos sentido a falta de policiamento, que somente aparecem em casos de urgência, dependendo da disponibilidade, nisso quando solicitamos ao destacamento de Pedro Afonso”, relata o prefeito de Santa Maria (Centro-Norte) Itamar Barrachini.

No Bico do Papagaio há relatos de que apenas dois policiais militares estariam fazendo a segurança dos municípios de Axixá, Itaguatins, Maurilândia e Sítio Novo do Tocantins. “Tenho problema todo final de semana, faz anos que não temos efetivo”, disse a prefeita de Monte Santo (Vale do Araguaia), Nezita Martins. Ainda no Vale do Araguaia, Caseara também tem queixado da falta de efetivo policial suficiente para a demanda populacional, enquanto que no Sudeste do Estado, Ponte Alta do Bom Jesus relata falta de policiais militares.

Polícia Militar – O Comandante-Geral Silva Neto garantiu que o Estado já está tomando as devidas providências em várias frentes para sanar o problema, como a possibilidade de convocar o quadro de reservas da Polícia Militar para atuar nos Colégios Militares, ao ceder assim os policiais dessas unidades de ensino para as rondas e serviços externos.

Concurso Público – Ainda no ofício apresentado pela ATM à Polícia Militar, a entidade municipalista pede “que, se possível, busque mecanismos junto à Secretaria de Segurança Pública pela celeridade dos trâmites do Concurso Público da PM em andamento”, cita o documento. Na ocasião, o Comandante-Geral sinalizou a possibilidade de antecipar o rito de formação dos oficiais, ao fazer com que os mesmos possam realizar os estágios em rondas nos Municípios.

Municipalistas acreditam que as novas regras de aposentadoria de Policiais Militares que passaram a vigorar em 2022 incentivaram a aposentadoria de centenas de policiais, o que criou o déficit de efetivo em diversas localidades. Prefeitos inclusive chegaram a pedir ao Palácio Araguaia em reuniões anteriores o remanejo de parte dos policiais que fazem a segurança de prédios públicos para as ruas dos pequenos Municípios.

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