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Prefeito de Palmas deixa sede da PF após oito horas de depoimento

Amastha é alvo de operação Nosotros que investiga suposta fraude no BRT. Ele se apresentou depois de ser procurado duas vezes pela Polícia Federal.

O prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), deixou a sede da Polícia Federal em Palmas, após depor por cerca de oito horas, nesta quinta-feira (1°). Ele se apresentou nesta manhã depois que os agentes tentaram cumprir um mandado de condução coercitiva – quando alguém é levado para depor – duas vezes. Amastha é alvo da operação Nosotros, que investiga uma suposta fraude em licitações para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), no valor de R$ 260 milhões. Além de cobrança de altos valores de IPTU para proprietários de lotes por onde o projeto passa.

Agentes da PF procuraram pelo prefeito nesta quarta-feira (30), mas Amastha estava em Brasília (DF) em reunião com o ministro da fazenda. Ele chegou durante a noite e se apresentou nesta manhã para depor. O depoimento começou por volta das 9h30 e terminou no final da tarde.

Em nota, a assessoria do prefeito disse que “todos os esclarecimentos necessários inerentes às investigações foram prestados em oito horas de depoimento. O prefeito confia no trabalho da Justiça Federal, na capacidade de análise e isenção da PF”.

No dia 10 deste mês, quando o mandado foi expedido, o prefeito estava em uma viagem pela Europa. No dia 22, o depoimento do prefeito foi suspenso depois que pediu para prestar os esclarecimentos em Brasília, no Tribunal Regional Federal da 1ª região. Mas o pedido para depor em Brasília foi negado pela Justiça.

Entenda
A Operação Nosotros da Polícia Federal foi deflagrada no início deste mês para apurar fraude em licitações para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), no valor de R$ 260 milhões. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depor. A ação ocorreu no Tocantins, Paraná e em Santa Catarina.

Além disso, a PF disse que identificou o repasse de informações privilegiadas da prefeitura a empresas que participaram da concorrência na licitação do BRT. Ainda segundo as investigações, agentes públicos juntamente com imobiliárias pressionavam proprietários para que cedessem, a título gratuito, parte de suas terras para pessoas ligadas ao esquema. A polícia constatou que uma das formas de coação era através da cobrança de altos valores de IPTU desses proprietários.

Em Palmas, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Amastha, que fica no setor Taquari e no apartamento dele, na quadra 204 Sul. No dia ele não foi encontrado. Um chaveiro foi chamado para abrir o apartamento dele. Em um dos endereços foram apreendidos R$ 180 mil.

A polícia informou também que secretários municipais estão entre os alvos. Entre as pessoas conduzidas para depor estão o secretário municipal de finanças e o procurador geral do município, além de donos de imobiliárias e donos de terras. Diversos servidores públicos também serão intimados a prestarem esclarecimentos, informou a PF. Mandados também foram cumpridos no prédio da Prefeitura de Palmas e em imobiliárias.

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