Obra deveria ser entregue em maio deste ano, mas construtora responsável apresentou um novo cronograma, segundo a Ageto. População reclama do atraso.
Com apenas 40% da obra concluída, a data de entrega da ponte de Porto Nacional, na TO 255, foi prorrogada por mais um ano. A obra deveria ser finalizada em maio deste ano e, com a prorrogação, isso deve acontecer somente em julho de 2024.
A obra foi contratada pelo governo do estado em 2015, mas começou em setembro de 2019. A princípio, o contrato o previa custo de R$ 101,3 milhões. Agora, esse valor já passa de 150 milhões.
Enquanto a obra não é concluída, veículos leves e pedestres podem passar pela estrutura antiga, que é um dos acessos entre Porto Nacional e BR-153, passando pela TO-070. Veículos pesados só atravessam de balsa, já que a ponte não foi considerada segura para este tipo de tráfego.
Passados mais de três anos desde a construção começou, a população já percebeu o atraso e reclama da situação.
“Muita demora, já era para ter entregado. Outras obras já estão finalizando”, disse o mototaxista José Rodrigues. “Tem vez que ficam filas, entendeu. Isso aqui era para já estar pronto, Não sei porque não está pronto”, completou o motorista Divino Pimentel.
Outro motorista reclamou que a fila para travessar às vezes gera uma espera de horas. “Sempre atrapalha. Tem vez que a gente fica até dias horas na fila esperando a passagem”, reclamou Rildo Ferreira Dias.
Explicação
De acordo com Cristina Dutra, superintendente da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto), a construtora responsável pela obra apresentou um novo cronograma com a nova data de entrega, que deve ocorrer em julho do próximo ano.
A próxima fase que deve ser executada é a instalação de vigas da ponte, que necessitou de um desvio na obra para reduzir impactos na estrutura antiga. “Optou- se por construir um desvio que está sendo executado hoje para que o lançamento das vigas na ponte nova não prejudique o tráfego atual na ponte velha”, explicou a superintendente.
A nova ponte terá quase 1.500 metros de extensão. Pouco mais de um quilômetro será apenas de armação de concreto.
A obra pronta será um benefício pra comunidade, mas a demora incomoda. “Para os caminhões demora mais, né. O tanto de caminhão que fica ali parado. É muito ruim para a cidade”, reclamou o pintor Edizio Cardoso da Silva.
Sobre a demora na travessia, a empresa Pipes informou que duas balsas estão em operação em Porto Nacional e que o tempo de travessia é feito dentro do limite da balsa. Já quanto aos valores cobrados, disse que desde 2017 não há reajuste e que o valor é autorizado pela agência reguladora. Disse ainda que segue as orientações da agência nacional de transportes aquaviários e que prezam pela segurança dos passageiros e funcionários.