Curso tem carga horária de sete horas e traz instrutores de outros estados para tratar da temática
Integrantes da Polícia Civil do Tocantins e do Ministério Público do Tocantins (MPTO) participam nesta segunda-feira, 20, do Curso de Capacitação em Investigação Criminal: ambientes cibernéticos e ferramentas de reconhecimento facial e multibiométricas. O curso é uma realização do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público do Tocantins – Escola Superior do Ministério Público (CESAF-ESMP) em parceria com a Escola Superior de Polícia do Tocantins (ESPOL-TO).
Participando da solenidade de abertura e de toda a programação desta manhã, o secretário de estado da Segurança Pública, Wlademir Costa, destacou a importância da atualização dos órgãos que compõem o sistema de segurança para atuar frente aos crimes cibernéticos. “Cada dia mais a criminalidade está organizada e nossas instituições precisam estar integradas em combate a estes crimes. Sabemos que precisamos obter ferramentas, dentre elas mudanças legislativas para trazer de volta, por exemplo, o dinheiro que foi retirado da conta de uma vítima. Inclusive, já levei essa demanda ao Conselho Nacional de Segurança Pública para que essas mudanças na legislação sejam propostas”, disse o secretário.
Quem também destacou a importância das parcerias entre as instituições e da constância na atualização dos servidores foi o procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Luciano Casarotti. “A popularização da internet e a massificação do uso das redes sociais trouxe muitos benefícios, mas também tem permitido que pessoas mal intencionadas possam cometer delitos, por isso precisamos estar em constante atualização para agirmos quando for preciso. Devemos estar um passo à frente, por isso essas ações de capacitação e integração entre os órgãos são muito importantes”, destacou.
Palestrando nesta manhã, o delegado da Polícia Civil do Piauí especialista em Segurança da Informação, José Anchieta Nery, tratou, entre outros temas, da coleta de evidência em ambiente digital, de fontes abertas e fontes fechadas e do afastamento do sigilo de dados.
“É a investigação do futuro, a sociedade está cada vez mais conectada e temos que preparar todas as polícias do Brasil para isso. Diante das dificuldades estruturais devemos trabalhar com o que temos, avançando, de imediato, em postura e conhecimento. O policial tem que se atualizar, quebrar barreiras, aprender o novo, olhar para essas novas tecnologias. Do outro lado, a instituição tem que oferecer treinamentos, trabalhar essa visão, fazer investimentos”, afirmou.
O curso
Com carga horária de sete horas, o objetivo do curso é instrumentalizar os integrantes do Ministério Público e da Polícia Civil por meio de atividades formativas a respeito de metodologias de investigação criminal relacionadas aos ambientes cibernéticos e ferramentas de reconhecimento facial e multibiométricas.
São instrutores do curso o delegado da Polícia Civil do Piauí, especialista em Segurança da Informação, José Anchieta Nery; Antônio Maciel Aguiar Filho, presidente da Federação Nacional dos Profissionais em Papiloscopia e Identificação (FENAPPI) e Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação (Conadi); Petterson Vitorino de Morais, papiloscopista da Polícia Civil do Distrito Federal, especialista em Reconhecimento Facial Forense.