Drª. Carla Prado e Drª. Luciana Krebs destacam a empatia como ferramenta essencial na prevenção do suicídio.
Setembro é o mês de conscientização e prevenção ao suicídio, conhecido como Setembro Amarelo, e a atenção para os sinais e o apoio às pessoas em risco são mais cruciais do que nunca. Nesse contexto, as psiquiatras Drª. Carla Prado e Drª. Luciana Krebs, da Clínica Instituto Psiquê – Mente e Espírito, participaram de um esclarecedor Podcast com o tema “Suicídio! Quando a vontade de morrer bate na sua porta!”, onde abordaram os sinais muitas vezes negligenciados e a importância de ajudar aqueles que enfrentam pensamentos suicidas.
De acordo com as especialistas, o sofrimento experimentado por alguém que considera tirar a própria vida é imensurável. Elas enfatizam a importância de valorizar a vida e construir momentos significativos. As médicas destacam que é essencial promover a empatia e superar o medo de se envolver na dor alheia, pois ouvir alguém que está sofrendo pode fazer toda a diferença.
Um dos pontos destacados pelas especialistas é o papel fundamental do vínculo emocional. Empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, é a base desse vínculo e todos têm a capacidade de oferecê-la.
Para identificar alguém em risco de suicídio, é essencial estar atento a sinais como tristeza profunda, descuido com a aparência e o afastamento de familiares e amigos, pois muitas vezes essas pessoas se sentem culpadas, com baixa autoestima, e podem acreditar que são um peso para os outros, perdendo a esperança no futuro.
As conversas com indivíduos em risco de suicídio podem apresentar um tom de despedida, incluindo comentários sobre a morte e ameaças à própria vida. É vital que amigos e familiares demonstrem preocupação genuína, evitando minimizar os problemas ou fazer julgamentos. Incentivar a busca por ajuda médica e oferecer acompanhamento até a consulta são ações significativas.
As psiquiatras, que atuam na cidade de Gurupi, enfatizam que as ameaças de suicídio frequentemente são pedidos de ajuda. Compreender como ajudar é fundamental em situações tão delicadas. A Drª. Carla Prado destaca: “Quando nos deparamos com alguém que expressa a vontade de não viver, é importante não julgar, pois é angustiante para ambas as partes. É por isso que as pessoas têm dificuldade em abordar o assunto”.
O Setembro Amarelo nos lembra da importância de estender a mão e estar presente para aqueles que enfrentam momentos difíceis. A empatia e a compreensão podem ser a diferença entre a vida e a morte, e todos têm um papel a desempenhar na prevenção do suicídio. Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando pensamentos suicidas, não hesite em buscar ajuda profissional e apoio emocional. A vida é preciosa, e há esperança mesmo nos momentos mais sombrios.
Assista o PodCast na íntegra: