Criminosos suspostamente abriam empresas e faziam falsas contratações para depois solicitar o benefício. Estão sendo cumpridos mandados de prisão, busca e sequestro de bens.
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (26), mandados de prisão, buscas e sequestro de bens em uma operação que investiga fraudes no seguro-desemprego. Os investigados supostamente utilizavam empresas fictícias para criar vínculos trabalhistas e depois solicitar o benefício pago pelos cofres públicos. O prejuízo estimado chega a R$ 600 mil.
São oito mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, uma prisão temporária e ainda medidas de sequestro de bens e valores. Todas as ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Palmas e estão sendo cumpridas na capital. A ação foi chamada de Operação Abre-te, Sésamo.
A PF informou que o Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhista no Tocantins (Nuint) identificou centenas de parcelas do seguro-desemprego pagas de forma indevida. Os criminosos supostamente abriam empresas e faziam falsas contratações. Depois, forjavam requerimentos para o seguro-desemprego.
A investigação busca identificar todas as pessoas que tiveram envolvimento nas fraudes e empresas que possam ter sido utilizadas para criação de vínculos trabalhistas, com o objetivo de fraudar o benefício.
Após a operação a PF vai analisar os materiais apreendidos e as movimentações bancárias dos envolvidos. Os bens sequestrados serão destinados a ressarcir o prejuízo aos cofres públicos.
Os envolvidos irão responder pelos crimes de estelionato majorado, falsidade Ideológica e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 20 anos de reclusão.
O nome da operação faz referência à história de Ali Babá e os Quarenta Ladrões, a expressão Abre-te Sésamo seria o código para a abertura de uma caverna na qual quarenta ladrões escondiam um tesouro.