Dessa vez a operação investiga um terceiro contrato, em que o Estado pagou mais de R$ 29 por cada unidade de do item de proteção. Foram feitas buscas em Palmas, Sorocaba (SP) e Iperó (SP).
A Polícia Federal cumpriu novos mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (15), para apurar supostas fraudes na compra de máscaras de proteção facial pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Tocantins. As ordens judiciais foram cumpridas em Palmas e em duas cidades de São Paulo. A ação policial foi chamada de Operação Personale 2.
As investigações sobre as compras de máscaras começaram após indícios de superfaturamento em dois contratos firmados entre a SES e empresas para a compra de 12 mil máscaras de proteção facial modelo N95. Os produtos foram comprados pelo valor unitário de R$ 35, totalizando em R$ 420 mil.
Em junho deste ano foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e outras três intimações. Nesta terça-feira (15), as ordens judiciais estão sendo cumpridas em Palmas, Sorocaba (SP) e Iperó (SP). Todas foram expedidas pela 4ª Vara Federal de Palmas SJ/TO.
De acordo com a PF, nesta nova fase da operação está sendo investigado um terceiro contrato feito no mesmo período, para comprar 88 mil máscaras do mesmo modelo. Neste caso, o valor unitário foi de R$ 29,35, totalizando R$ 2.582.800,00.
Os investigadores apuraram que durante o processo de contratação foram feitas propostas mais vantajosas para o Estado, mas ainda assim o governo optou por contratar o fornecedor investigado.
Os alvos dos novos mandados não foram divulgados pela polícia. Os investigados poderão responder pelo crime de peculato e crime contra a economia popular, com pena de até 12 anos de reclusão e multa.
O nome operação significa pessoal, que faz alusão ao interesse pessoal de alguns em detrimento ao interesse público. Além disso, o vocábulo “persona” em latim originalmente significava máscara.