Os palmenses têm se endividado menos desde maio, de acordo com a pesquisa que mede o endividamento e a inadimplência dos consumidores (PEIC), chegando ao mesmo nível do mesmo período do ano passado, 68% dos entrevistados.
Em agosto o percentual de endividados ficou em 68,7%, comparado ao mês anterior, a queda é de 1%. Desses endividados, 14,6% estão inadimplentes, ou seja, com contas atrasadas e 0,5% não terão condições de quitar suas dívidas atrasadas.
A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins, mostra que Palmas segue cenário contrário ao nacional já que o número de brasileiros com dívidas cresceu ligeiramente em agosto (0,1 ponto percentual, com relação a julho), chegando a 67,5%. Embora tenha apresentado um ritmo de aceleração menor, o percentual de endividamento a nível nacional é o maior da série histórica da PEIC desde janeiro de 2010. No comparativo anual, o índice registrou aumento de 2,7 pontos percentuais.
Na capital do Tocantins, as principais dívidas citadas foram: cartão de crédito (80,2%), seguido de financiamento de carro (23,9%), carnês (18,9%) e financiamento de casa (18,5%).
O presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, faz um alerta. “Caso haja um alto comprometimento da renda familiar com dívidas, unido ao dado que nossa pesquisa mostra que a principal dívida é o cartão de crédito, este quadro é de grande preocupação, pois sabemos que os juros do cartão de crédito são altíssimos. É importante neste momento de pandemia rever as necessidades e priorizar itens essenciais para que os consumidores não entrem nesse porcentual de 0,5% que não conseguem pagar suas dívidas”, reforçou.
Do total de entrevistados endividados, 61,3% consideram-se pouco endividados. 46,3% estão com contas em atraso em até 30 dias, sendo a média total calculada de 42,6 dias.
Já com relação ao comprometimento de tempo e renda dos consumidores com dívidas, a pesquisa mostra que 45% das pessoas questionadas estão comprometidas em até 1 ano. A média geral ficou em 8,1 meses. O percentual médio de comprometimento de sua renda familiar com dívidas é de 33,1% neste mês, sendo que a maior parcela (73,5%) costuma ter entre 11 a 50% de sua renda destinada às dívidas.