Pastor suspeito de golpe milionário estava escondido em rancho no Tocantins e com segurança particular

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Pastor suspeito de golpe milionário estava escondido em rancho no Tocantins e com segurança particular

Pastor Osório José Lopes Júnior, suspeito de aplicar golpes milionários em fiéis, é detido em rancho na zona rural de Sucupira, após operação da Polícia Civil do Distrito Federal.

Na tarde desta quinta-feira (21), a Polícia Civil do Tocantins, em colaboração com a 8ª Divisão de Combate ao Crime Organizado, realizou a prisão do pastor Osório José Lopes Júnior, de 43 anos, em um rancho na zona rural de Sucupira, região sul do Tocantins. O suspeito era procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal por suposto envolvimento em um esquema que prometia lucros estratosféricos às vítimas, movimentando R$ 156 milhões em 5 anos.

Segundo informações da operação, Osório estava escondido no rancho e acompanhado de segurança particular no momento da prisão, que ocorreu pouco depois das 17h. O pastor não ofereceu resistência, e seu segurança não impediu a ação policial. Após prestar depoimento, Osório foi encaminhado para a Casa de Prisão Provisória de Gurupi, onde permanecerá à disposição da Justiça.

A operação do Distrito Federal, que teve início na manhã de quarta-feira (20), desarticulou um grupo criminoso composto por 200 integrantes, incluindo dezenas de pastores, que convenciam os fiéis a investir suas economias em falsas operações financeiras e projetos de ações humanitárias inexistentes. O esquema, baseado em uma teoria conspiratória conhecida como “Nesara Gesara,” prometia lucros de até um “octilhão” de reais aos fiéis.

Osório, que era considerado foragido desde o início da operação, é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e estelionato praticados por meio cibernético. Em 2018, ele foi acusado de aplicar golpes em fiéis de Goianésia, no centro de Goiás, e arrecadou cerca de R$ 15 milhões com o golpe.

A defesa do pastor informou que ainda não teve acesso aos autos e que requererá a revogação da prisão assim que tiver acesso ao fundamento da decretação. Na quarta-feira (20), a defesa alegou que Osório não tinha conhecimento do mandado de prisão contra ele, pois “estava viajando em lua de mel” e desconhecia as acusações.

O caso segue sob investigação e deve ter desdobramentos nos próximos dias, à medida que mais detalhes sobre o esquema criminoso são revelados e a Justiça avalia as medidas cabíveis em relação aos envolvidos.

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