Proposta de afastamento do presidente é respaldada por mais de 115 parlamentares após declarações polêmicas sobre Israel.
O deputado federal Eli Borges (PL/TO), também conhecido como pastor Eli Borges, juntou-se ao coro de vozes exigindo a destituição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do cargo máximo do país. Em um gesto que já ecoa a indignação de mais de 115 parlamentares, Borges assinou o pedido de impeachment em resposta às recentes declarações de Lula sobre o conflito entre Israel e Palestina, comparando as ações israelenses a práticas nazistas.
As palavras inflamadas de Lula, onde equiparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza às atrocidades cometidas durante o Holocausto, desencadearam uma enxurrada de críticas e um clamor por medidas drásticas. O pastor e deputado Eli Borges foi enfático ao repudiar as comparações feitas pelo presidente, descrevendo-as como “totalmente inaceitáveis e desrespeitosas”.
“Não podemos comparar o Holocausto Judeu com o que está acontecendo em Gaza”, afirmou Borges. “Enquanto 6 milhões de judeus foram vitimados inocentemente, sem nenhum direito à defesa, em câmaras de gás, o que ocorre em Gaza é uma nação sendo invadida por um grupo que tem como objetivo exterminar o estado judeu”, destacou o parlamentar.
O embasamento jurídico para o pedido de impeachment fundamenta-se no artigo 5º da lei 1.079/50, que detalha os crimes de responsabilidade contra a existência política da União. De acordo com Borges, as palavras de Lula não apenas colocam a República em risco de guerra, mas também comprometem sua neutralidade ao equiparar as ações de um país soberano, como Israel, a atrocidades cometidas pelo regime nazista.
A proposta de afastamento de Lula ganhou apoio transversal, com 26 parlamentares de partidos da base governista entre os signatários de acordo a CNN que relata a adesão continua a crescer, indicando uma pressão significativa sobre o governo em face das declarações controversas do presidente.
A resposta enérgica de Eli Borges e outros membros do congresso evidencia a polarização política e a sensibilidade em torno de questões internacionais delicadas, como o conflito entre Israel e Palestina. Enquanto isso, o Brasil aguarda o desdobramento desses eventos com expectativa e incerteza sobre os rumos políticos do país.
