Para evitar ponte precária, alunos de assentamento passam 2h em estrada até chegar em escola

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Para evitar ponte precária, alunos de assentamento passam 2h em estrada até chegar em escola

Problema prejudica 18 famílias do assentamento Rio Preto, no norte do Tocantins. Um aluno deficiente deixou de estudar por causa da dificuldade de ir à escola.

No assentamento Rio Preto, zona rural de Araguaína, a comunidade está cobrando a reconstrução de uma ponte, que é a principal via de acesso para 18 famílias aos comércio, escolas e cidades como Muricilândia e Santa Fé. Sem a estrutura, alunos precisam percorrer uma estrada e levam até duas horas para chegar à escola. Sem ter como frequentar as aulas, um aluno deficiente deixou de estudar.

O trabalhador rural Jose Wilson conta que os quatro filhos precisam sair para a escola às 5h para fazer o trajeto pela estrada de terra. Se a ponte estivesse em plenas condições de uso, os alunos levariam apenas 10 minutos para chegar à unidade. Um dos filhos dele parou de estudar.

“É deficiente, só anda nos braços. A vida dele é muito complicada para ele fazer essa volta na estrada”, disse.

É que os pilares da ponte não suportaram a força da água e a passagem cedeu. No local só é possível passar de moto e com muitas dificuldades, já que parte das tábuas ficam em uma subida. Tem morador que prefere não se arriscar. “A ponte está muito ruim, quebrada. A gente fica com medo”, disse a trabalhadora rural Marcelina Lima.

“Fui passar aqui e caí com a moto aqui dentro, foi uma dificuldade para tirar a moto. Um cunhado foi passar aqui também caiu. Fui passar com um cavalo e o cavalo caiu com o meu genro”, relata o trabalhador rural Antônio Alves.

A situação é tão precária que os próprios moradores tentaram reforçar a ponte, mas a chuva do início do ano retirou as tábuas que haviam sido colocadas. Há oito anos eles aguardam a construção de uma nova ponte. “Faz muito tempo que eles estão prometendo e vem aí, só promete e não cumpre”, trabalhador rural Antônio Alves.

Os produtores rurais também têm tido prejuízos. “Eu tenho um caminhãozinho com gaiola, sempre que eu preciso passar aqui, tenho que fazer uma volta de 40 quilômetros, sendo que aqui só dá 5 ou 6 km”, produtor rural Paulo César.

“A gente produz as coisas aqui, não tem como escoar nada porque não tem como tirar, então a gente tem que fazer aqui para comer, consumir aqui dentro”, disse o produtor Rural Manoel Rodrigues.

O outro lado

E nota, a Prefeitura de Araguaína informou que continua buscando recursos para a construção da ponte que dá acesso ao assentamento e que obras estão melhorando o tráfego na estrada.

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