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Padre Quevedo morre aos 88 anos

Religioso usava o bordão “isso non ecziste” e ficou famoso por participar de quadros em programas de televisão

O padre jesuíta espanhol Oscar Gonzalez Quevedo Bruzan, conhecido como Padre Quevedo, morreu na madrugada desta quarta-feira (9), aos 88 anos, na Casa Irmão Luciano Brandão,  em Belo Horizonte, onde estava internado por complicações cardíacas.

O local do velório do religioso radicado no Brasil não foi revelado pela assessoria de imprensa da Casa Jesuíta, que confirmou o enterro para esta quinta-feira (10), às 11h, no Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, na capital mineira.

Padre Quevedo tornou-se uma celebridade no Brasil ao participar de programas de televisão, nos quais desmascarava pretensos episódios de paranormalidade. Na década de 1970, confrontou o israelense Uri Geller, que fazia sucesso entortando talheres e consertando eletrodomésticos com a “força da mente” – Quevedo mostrou que as performances de Geller eram truques de ilusionismo.

Com o bordão “isso non ecziste”, resultado de seu forte sotaque espanhol, Padre Quevedo tornou-se atração constante de programas de auditório nas décadas seguintes. Em 2000, ganhou um quadro no Fantástico chamado O Caçador de Enigmas – sucessor do quadro apresentado pelo mágico Mr. M, que desvendava truques de outros mágicos famosos, o quadro do jesuíta revelava os artifícios por trás de fenômenos de difícil explicação.

Em 2012, em uma de suas últimas aparições públicas, Padre Quevedo foi convidado do talk-show Agora é Tarde, apresentado por Danilo Gentili, e ofereceu um cheque de R$ 200 mil a quem conseguisse dobrar seu dedo com poderes paranormais.

O ato de dobrar o dedo com a mente era um dos desafios que Quevedo costumava propor a quem se dizia paranormal: em 2000, em seu quadro no Fantástico, ajoelhou-se em frente a um homem que dizia estar possuído pelo diabo e pediu que dobrasse seu dedo.

Desde 2012, estava afastado da mídia e morava na Casa Irmão Luciano Brandão, onde escrevia textos religiosos. Em 2013, foi criado o  Instituto Padre Quevedo de Parapsicologia, que deu continuidade aos trabalhos do Centro Latino-Americano de Parapsicologia (CLAP), instituição que se dedicava desde 1970 ao estudo e disseminação da parapsicologia.

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