O leite materno sem dúvida é o melhor e mais importante alimento para a criança. Contudo, o processo de amamentar acaba sendo um vilão para muitas mães e algumas até desistem devido às dificuldades. Pensando nisso, equipes do Hospital Regional de Gurupi (HRG), realizam palestras constantes para tirar dúvidas e tornar o aleitamento algo simples e prazeroso. Uma destas iniciativas aconteceu na tarde dessa quinta-feira (24), e envolveu profissionais do banco de leite, humanização e rede cegonha da unidade.
“A ação é uma celebração ao agosto dourado e foi um momento para falar das dificuldades na amamentação, como dar o peito da forma correta, a quantidade de leite, entre outras dúvidas, que as mães presentes trouxeram e foram tiradas durante a palestra”, explicou a fisioterapeuta, Kenia Nogueira Aires Argeu, acrescentando que “em muitos casos as mães acabam abandonando o processo de amamentação por causa das dificuldades. A demora na descida do leite e até o mamilo invertido são causas que acabam atrapalhando. A mãe precisa ter paciência e insistir e sempre procurar um profissional para uma melhor orientação”.
A dona de casa, Jeniffer Pereira da Silva, passou por uma situação bem parecida com o comentado por Kenia. “Além da dor que é grande, o mamilo feriu no momento que meu filho Pedro Henrique estava mamando. Eu fiquei preocupada pensando ser algum problema comigo, mas graças a Deus fui bem orientada aqui no Hospital Regional de Gurupi e aprendi que era apenas a forma como ele estava pegando no peito”, disse.
Outra dúvida da Jeniffer e de outras mulheres é se o leite está sustentando a criança ou não. Isso se dá devido os vários momentos que a bebe quer se alimentar em um curto espaço de tempo. A enfermeira, Marcilene de Brito, esclareceu que o processo de alimentação é muito relativo. “A criança pode mamar de hora em hora, em intervalos de minutos e isso não quer dizer que o leite é fraco,mas que a criança está se adaptando ao processo, o estômago está sofrendo alterações e com o tempo isso vai melhorando”, explicou.
Marcilene destacou ainda que “a gente percebe que a mãe fica com esse medo, principalmente porque a criança mama e às vezes chora bastante depois. Cada caso precisa ser observado, por exemplo, pode ser que o bebe chore porque está com uma cólica, com frio ou calor, porque fez suas necessidades entre outros, e não porque o leite estaria sendo fraco”.
O banco
O banco de leite do Hospital Regional de Gurupi faz atendimento especializado para toda a comunidade, acompanha a mãe desde a gestação até o momento que ela termina o processo de amamentação. A orientação é que na dúvida a mulher procure a unidade hospitalar, para que não ocorra o desmame precoce. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é que as crianças devem mamar exclusivamente até os seis meses e permanecer mamando até os dois anos de idade.