85% das cidades brasileiras estão longe de oferecer saneamento básico para toda a população, aponta Ranking
A deputada federal Josi Nunes(PROS/TO) usou a tribuna durante a sessão extraordinária desta terça-feira, 19, para comentar a reportagem publicada recentemente pelo G1, a qual traz dados preocupantes no tange ao saneamento básico no Brasil. “Conforme a reportagem, o ranking divulgado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) revela que apenas 4 cidades do Brasil alcançaram a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto e coleta de resíduos sólidos. O Ranking 2018 da Universalização do Saneamento aponta ainda, que de 1.894 cidades avaliadas, 1.613, ou seja, 85% do total ainda estão longe de oferecer saneamento básico para toda a população. Apenas 80 cidades dentre as mais de 5 mil cidades brasileiras conseguiram atingir a pontuação na categoria mais alta”, citou a parlamentar.
A tocantinense defende que o país precisa ter consciência de que investir em saneamento é uma necessidade, uma vez que esse investimento permite avanços em desenvolvimento econômico e social. Josi pontuou ainda, os demais benefícios proporcionados pelo saneamento básico principalmente com relação à saúde e educação. “As más condições de saneamento leva a alta recorrência de doenças que acabam gerando mais gastos em saúde pública. Ao investir em saneamento nós estamos reduzindo a mortalidade infantil, uma vez que aproximadamente 1,7 milhão das crianças com até 5 anos morrem anualmente por más condições sanitárias. Infelizmente, esta é a causa de uma a cada quatro mortes nesta faixa etária. Investir em saneamento é investir em educação, pois uma criança que convive em condições adequadas de saneamento terá mais condições de se desenvolver melhor na escola”, acrescentou.
Entretanto, segundo a deputada, o ranking divulgado pela ABES torna evidente que os investimentos nesta área são insuficientes no país. “Infelizmente, o nível de investimentos em saneamento básico no Brasil está muito aquém, o país precisa, urgente, de um novo olhar para esta questão”, finalizou.