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Municípios do TO usam ideias simples para disseminar medidas de combate ao Aedes

Desde o início de 2016, 135 municípios notificaram casos de dengue. No mesmo período, 73 municípios notificaram casos de chikungunya. Sobre zika, 94 municípios notificaram casos da doença em 2016.  As três doenças são transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti, cuja população é encontrada em todo o Estado devido às condições climáticas e ambientais favoráveis ao seu desenvolvimento. Para evitar o mosquito e prevenir as três doenças, a recomendação é simples: evitar água parada, pois é onde os mosquitos depositam seus ovos.

em-duere-alunos-fazer-armadilha-para-mosquito-divulgacaoCom a chegada do período chuvoso, a tendência é que os mosquitos em circulação encontrem com mais facilidade pontos de água parada. Para eliminar criadouros em potencial, a Secretaria de Estado da Saúde tem orientado os municípios do Tocantins a desenvolverem ações que envolvam e sensibilizem aos moradores na corresponsabilização nesta tarefa.

Muitas das ações ou projetos desenvolvidos pelos municípios têm se destacado por ideias simples e de baixo custo, mas que, a medida que envolvem as comunidades locais,  podem gerar resultados favoráveis ao controle da população do Aedes.

O gerente estadual de Vigilância de Arboviroses, Evesson Farias, ressalta que durante todo período de estiagem mobilizações de frentes de ação voltadas para prevenção, controle e mobilização social já vinham sendo realizadas nos municípios e elogia as iniciativas. “Tem sido gratificante verificar que muitos municípios não só aderiram à ideia de intensificar o combate ao Aedes, como tem aprimorado muitas práticas rotineiras e implantado novas estratégias”, diz Evesson Farias.

materiais-foram-recolhidos-para-evitar-a-proliferacao-do-aedes-divulgacaoEm Alvorada, município a 302 km de Palmas, há cerca de 5 mil famílias. Lá as crianças em idade escolar estão aprendendo o conceito de controle biológico em atividades que incluem o plantio de mudas de crotalarias. “É um arbusto com flor amarela, que atrai a libélula. Como a libélula tem um ciclo parecido do Aedes aegypti, os ovos da libélula também são postos em água parada. O que acontece é que as larvas da libélula se alimentam de outras larvas. Isso permite um controle biológico que evita o controle químico. As primeiras mudas já estão dando flores”, relata a enfermeira Maisa de Andrade, que responde pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica e Sala Municipal de Enfrentamento em Alvorada. A intenção, segundo ela, é continuar com o plantio da crotalária em 2017.

Em Dueré, município com 1.635 imóveis na zona urbana, para atingir o máximo de envolvimento da comunidade foram pensadas ações envolvendo multiplicadores dentro da própria comunidade, como alunos da rede pública. “Fizemos gincanas com os alunos. Com orientação dos agentes de endemias e de professores, eles identificavam materiais em quintais e áreas públicas que podiam se tornar criadouros”, explica a coordenadora de Dueré, Irene Lopes Cardoso. Além disso, o conhecimento testado em gincanas de perguntas e respostas sobre o mosquito Aedes aegypti e as doenças transmitidas por ele foi aprimorado em atividades práticas com kits pega-larva e armadilhas denominadas mosquitericas. “É uma armadilha que se faz com garrafa-pet, fita isolante, semente de alpiste ou arroz e uma tela. Depois de feita pedimos para colocarem no quintal deles e observarem sete dias. Os agentes analisavam na escola e explicavam. Foi muito proveitoso, os pais se envolveram também. O objetivo era observar se havia mosquito no quintal deles e eles conseguiam identificar, até porque sempre vamos na escola, mostramos como é a larva, a pulpa e o mosquito adulto”, diz Irene.

Outras iniciativas

plantio-da-crotalaria-vai-continuar-em-2017em-alvorada-divulgacaoParte das ações implementadas pelos municípios ganhou reforço com a chegada de incremento financeiro cedido pelo Estado. Ao todo, R$ 387.548,00 da primeira parcela do incremento foram destinados a ações de prevenção, controle e combate ao Aedes aegypti aos 139 municípios tocantinenses. A primeira parcela foi depositada diretamente nos fundos municipais de saúde em junho deste ano. A segunda parcela do recurso será liberada no primeiro quadrimestre de 2017 vinculada à comprovação de alcance de metas já estipuladas no Plano Plurianual (PPA) 2016-2019. Para conhecer algumas das iniciativas que foram financiadas pelo recurso basta acessar o endereço eletrônico: http://saude.to.gov.br/noticia/2016/10/6/recurso-do-fundo-estadual-de-saude-custeia-acoes-contra-o-aedes-nos-municipios/

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