Suspeita usava a foto da prima em um perfil no Whatsapp e pedia dinheiro para ir ao encontro dos homens. Após o depósito, ela bloqueava a vítima.
ma mulher de 35 anos foi presa suspeita de se passar pela própria prima para seduzir homens e aplicar golpes na internet. A prisão de Elizânia Martins Almeida foi realizada no final da tarde desta segunda-feira (11), em Taquaruçu, distrito de Palmas. De acordo com a delegada de Repressão a Crimes Cibernéticos, Milena Lima, responsável pelo caso, a suspeita utilizava a foto de Annie Caroline Martins da Silva, de 25 anos, em um perfil no Whatsapp para atrair homens e obter dinheiro.
Segundo a delegada, para convencer as vítimas a enviar o dinheiro, a suspeita dizia que morava nas cidades de Araguaína ou Augustinópolis e a quantia solicitada seria para ir ao encontro dos homens na capital. Ao receber o dinheiro, a suspeita imediatamente bloqueava a vítima, que ficava com o prejuízo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a investigação começou há cerca de 10 dias e a prisão foi realizada em cumprimento a mandados de busca e apreensão, e prisão preventiva. Algumas vítimas procuraram à Polícia Civil informando que haviam caído em um golpe de relacionamento virtual e enviado dinheiro à mulher.
Em depoimento, a mulher confessou a prática dos crimes e disse que está arrependida. Ela foi levada para a Unidade Prisional Feminina de Palmas e responderá pelos crimes de estelionato e falsa identidade. A polícia informou que Elizânia ainda não tem advogado e que investiga o número de vítimas e a quantia obtida pela suspeita.
Em entrevista ao portal G1, Annie contou que descobriu tudo depois que um rapaz a adicionou no Facebook. “Nós começamos a conversar e ele me perguntou porque eu o havia bloqueado no Whatsapp, mas eu nem o conhecia. Ele me mostrou o número, o qual conversava comigo. Depois contou a história e me mandou prints dos comprovantes de depósito que havia feito. Neles constava o nome da minha prima.”
A jovem diz temer a reação de outras vítimas. “Fico com medo quando alguém me liga ou de encontrar algum desses homens na rua, de que eles venham me cobrar alguma coisa. Não sei com ela falou”, diz.
Annie disse que decidiu fazer a denúncia para prevenir outras pessoas. “Eu quis me proteger, mas também se eu não denunciasse, ela ia continuar fazendo com outras pessoas. Estou com medo, mas também me sinto aliviada”, afirma.